05/10/2011
Entrevista a Prowler (UKHC)
14/08/2011
Hell Xis
É fácil, organizar-se concertos em Portugal?
Digamos que fácil até poderá ser, prova disso é a quantidade de pessoas que os organizam. A parte difícil é fazer com que eles funcionem e que tenham alguma qualidade. Quando falo de qualidade refiro-me a um PA minimamente decente, a uma sala porreira, a boas condições para as bandas e, obviamente, para o publico.
Quando é que sentiram que isso era algo que queriam fazer?
Há muita inveja / mesquinhez nessa actividade?
Vocês não se cingem à marcação de concertos, ditos, grandes, mas também organizam concertos mais pequenos. Sentem essa necessidade?
Para alguém que não esteja tão acerca, descrevam-nos o processo de se organizar um concerto.
É um processo simples. À vontade de duas partes -promotor e banda -, junta-se a uma boa dose de irresponsabilidade financeira ou, como costumo dizer, “colocas a cabeça no cepo”; tentas fazer tudo da melhor maneira possível para que as bandas e o público tenham as melhores condições. Depois é esperar que os astros alinhem todos na mesma direcção e que tudo corra pelo melhor e que, ao fim da noite, não tenhas que ir ao multibanco levantar dinheiro porque o que fizeste na porta não chegou para as despesas.
Qual foi o vosso concerto preferido? (organizado por vocês, claro)
Sinceramente todos eles têm uma boa recordação por qualquer motivo. Mas obviamente que quando a banda que está a tocar te diz mais que outra podes inserir esse num dos concertos preferidos. Nesse caso destaco Agnostic Front em
E qual seria o vosso concerto de sonho?
Costumo dizer que a nível
Não havendo barreiras, ou limites, financeiras, o que é que fariam, dentro da cena hardcore?
Sem barreiras e limites? A tua pergunta dá a resposta, era mesmo sem limites!
E projectos para o futuro?
É mais fácil organizar um concerto, ou editar um disco? O que preferem?
Quanto à parte de preferir organizar ou editar, gosto das duas coisas, são actividades diferentes que me completam.
Há mercado para a venda de álbuns? Isto é,
Para quando edições frequentes em vinil? É um objectivo vosso?
Deixo este espaço à vossa mercê para algo que queiram dizer, obrigado J
Aproveito apenas este espaço para vos agradecer esta oportunidade de falar sobre a Hell Xis e para divulgar o nosso site www.hellxis.com . O site não é actualizado com a frequência que gostaríamos mas para ficarem a par das novidades na hora também podem seguir o nosso facebook em HELL XIS ou HELL XIS AGENCY.
Não posso também deixar
O 4THEKIDS quer agradecer ao Emanuel pela disponibilidade para a elaboração desta esntrevista e deseja à Hell Xis a maior sorte futura.
11/08/2011
A Thousand Words
1. Houve, há pouco tempo, uma revolução na banda. Querem contar-nos o que se passou e quais foram, efectivamente, essas mudanças?
As mudanças na banda surgiram devido a escolhas pessoais de alguns dos membros, outras prioridades na vida, etc. Optei por não desistir de algo que me esforcei e me deu gosto começar com eles. Mas, como em tudo, há que fazer os possíveis para começar de novo, mudar, e ter vontade e empenho para continuar. Da formação inicial, para o actual, quem saiu foi o baterista Cristiano e o vocalista Juliano. Eu continuei na guitarra, o Ludgero que era da formação inicial mudou do baixo para a bateria. Entrou o Diogo (ex-A Step To Fall) para voz e o Jonathan (ex-Rat Attack/No Time To Waste) para o baixo. E foram eles os responsáveis pela continuação da banda. Não esquecendo também Rafael Madeira (Impact | Bookings) grande amigo e "quase membro" de A Thousand Words, desde o início.
Fizeram-vos crescer enquanto banda, todas essas alterações?
Desde a demo de 2009 muita coisa mudou. Desde então, todas as mudanças, concertos e tudo o resto, fez-nos crescer a todos musicalmente (a uns mais do que a outros, também pela antecedente experiência de uns e inexperiência de outros), mas não só: fez-nos crescer também como pessoas. E, essa evolução, não só individual, mas como banda, vai-se reflectir no som tocado actualmente que, apesar de todos gostarmos mais, é uma amostra de evolução, por ser algo mais complexo do que o que tocávamos anteriormente. Pretendemos assim, com esta evolução, passar a nossa mensagem implícita nas músicas mas, também, mostrar que não temos estado a dormir e o que tocamos, não é só para agradar os outros, como também a nós mesmos. Porque o mais importante, é tocarmos aquilo que gostamos.
Sentiram que essas mudanças ainda representam o que são, ou eram, os ATW? Qual foi o impacto das mesmas a nível musical?
Estas mudanças em termos de sonoridade aconteceram normalmente. (E temos vários exemplos de bandas que mudaram de sonoridade, umas para melhor, outras para pior… mas mudaram.) E em nada prejudicou a banda. Muito pelo contrario, estamos a explorar coisas novas e criar novos ambientes nas musicas. Talvez um pouco mais de "tragédia" e "peso" desde a demo (2009) e, também, uma nova presença em palco, que esperamos não vir a desiludir.
Não teria sido mais fácil somente alterar o nome da banda?
Já nos fizeram muitas vezes esta pergunta e respondemos praticamente sempre o mesmo: A Thousand Words não é nenhuma "banda descartável", ou feita para durar um certo período de tempo ou seguir algum hype. É uma banda de 4 amigos, que se divertem a fazer música. Pelas coisas que já passamos juntos dentro da banda, não fazia sentido alterar o nome. E ir-se-ia, de certo modo, menosprezar a dedicação e empenho dos membros da formação inicial que fazem parte da banda actualmente. Tanto os novos, ou velhos elementos, todos nós, continuamos a falar, a apoiar-nos uns aos outros, e isso é o mais importante; e, fazendo um aparte, há bandas (não querendo comparar nenhuma delas connosco) que tantos vocês ouvem que não têm nenhum elemento inicial, ou têm apenas um ou dois elementos iniciais, e não é por isso que deixam de gostar e ouvir essas bandas, até porque não faz sentido.
Em que ponto se encontra actualmente a banda? Há lançamentos agendados? Concertos?
A banda neste momento está a acabar de escrever o álbum e, ao mesmo tempo, a "limar arestas" de faixas já feitas. Gostávamos de adiantar já datas de lançamento e datas de concertos, mas neste momento estamos dependentes dos nossos empregos, que nos condicionam de maior forma nesta altura do ano. De qualquer maneira, assim que marcada alguma data, vamos fazer os possíveis para divulga-las. Interessa-nos sim tocar. Para 10, para 100 ou para 1000, tocamos na mesma. Como se costuma dizer: "só faz falta quem está".
Preparam um álbum, então? Que nos podem adiantar? Nome, musicalidade, influências, qualquer coisa...
É verdade, vamos lançar um álbum, ainda este ano, mas adiantar o nome do álbum será cedo demais, apesar de já estar definido. O som vai ser algo dentro das músicas novas que tocamos ao vivo. Para quem não presenciou ao vivo pode ver/ouvir o vídeo no nosso facebook (http://www.facebook.com/athousandwordshc), do show com Shai Hulud, em Lisboa, filmado pelo nosso amigo Rui Gaiola. Nesse vídeo, temos um interlude e uma musica chamada "Blind Man's Faith", e vão ambas fazer parte do álbum. Não podemos revelar mais coisas até ao momento. Apenas que o álbum vai ser produzido por um grande amigo nosso Miguel Correia (Mike Ghost - Men Eater), para piorar, num bom sentido, o ambiente e som do disco. É a pessoa que talvez melhor perceba o tipo de som que queremos, e confiamos nele para fazer um bom trabalho. As letras vão reflectir as fases um pouco mais negativas que temos passado e que nos tem feito manter os olhos bem abertos nos dias de hoje. Não vai ser um disco sempre a falar de coisas bonitas. (risos)
Discos, que vão influenciar o vosso som:
Essa é uma pergunta um bocado difícil, mas assim os primeiros que nos vêm à cabeça são os seguintes: Into Oblivion - Rise & Fall; Blind To What Is Right - The Carrier; My Love My Way - Modern Life Is War; Sleepwalkers - Dead Swans; Funerary - Pulling Teeth. E todos os álbuns de Converge.
Os ATW tinham, há uns tempos, uma importante fanbase no Algarve. Ainda a sentem, ou fugiu com as mudanças na banda?
A fanbase no Algarve é importante porque há sempre os amigos que temos antes da banda surgir e os que nos ajudaram a conseguir isto. Mas, por vezes, os que nos são mais próximos são os que nos tentam "deitar abaixo" mesmo sendo da nossa própria terra. Esse tipo de comentários negativos, são os que nos dão mais força para não desistir e ser um bocado do contra, em relação ao som da banda e material utilizado ao vivo. Sempre estivemos um bocado fora do tipo de hardcore das bandas do Algarve, o que não faz de nós melhores ou piores. Cada um toca aquilo que lhe dá gosto tocar, e ninguém tem algo a ver com isso. O nosso som não é um hardcore fácil de ouvir e, se calhar, por isso, alguns tenham estranhado. E, como se costuma dizer, "primeiro estranha-se, depois entranha-se". Portanto, quem quiser apoiar, apoia, quem não quiser não apoia. Ninguém é obrigado a nada, somos bem vindo a críticas desde positivas a negativas, desde que construtivas e que, de algum modo, nos possam fazer melhorar.
Objectivos... sinceramente, neste país não é fácil de os traçar. Na verdade, é difícil ser ambicioso. Porque para ser ambicioso, e traçar objectivos "maiores", digamos assim, é preciso divulgação e, acima de tudo, apoios, não só monetários, mas de todas as pessoas envolvidas no movimento hardcore. E isso não acontece. Num país em que quando um concerto de uma banda internacional, como por exemplo Shai Hulud, é 15€ e dizem que o preço é um exagero, e não vão, pois preferem gastar em bebidas e saídas, não me parece que haja pessoas suficientes para "pôr" uma banda de hardcore português na ribalta da Europa ou outro continente. Não digo que seja o nosso caso, mas temos muitos boas bandas em Portugal, algumas já com 2 ou 3 álbuns lançados e que, por terem um cachet fixo, por terem também gastos maiores, já são criticadas. Tudo bem que o hardcore não é para fazer dinheiro e não põe o pão na mesa a ninguém, pois é underground, mas para se gravar álbuns e EP's, fazer merch, tours, etc, são feitos vários gastos, pensem antes de criticar seja que banda for… cada concerto que passa, existe desgaste de material, existem viagens feitas, desgaste do transporte, combustível, etc. As coisas não caem do céu e se, no hardcore, tal como em todas as coisas, devemo-nos apoiar uns aos outros, então, comprar um cd em vez de fazer o download, ir a um concerto em vez de ir para um bar, etc, deviam ser coisas cada vez mais frequentes, e não sempre a criticar que 5€ é muito para ir ver 4 bandas de "miudos" que querem passar a mensagem e dar-vos música para os vossos ouvidos. Não sendo muito ambicioso, o nosso objectivo neste momento é lançar o álbum com o som que nos agrade a nós como banda, e nos reconheçam pelo nosso som; que seja bem recebido pelo público e amigos. Esperamos ainda este ano fazer uma EuroTour, para mostrarmos o nosso novo trabalho pela Europa. De resto, é levar as coisas normalmente e de maneira que nos faça feliz, sem esperar nada em troca. E espero que, com o que escrevemos em cima, não pensem que não nos orgulhamos do nosso país, porque orgulhamos, tal como das bandas underground que dele fazem parte, mas há que ser racional e ter em conta o que é possível e impossível ser feito, no que toca a objectivos.
Não diríamos um sonho tornado realidade, mas na verdade foi importante, sim. Nós levamos sempre todos os concertos como o mais importante, não interessa o local, público ou bandas com quem vamos tocar. Tentamos sempre trocar impressões com outros membros de bandas sobre quase tudo. E, também, fazer sentir o pessoal de fora bem-vindo. No fundo, para nós o que interessa, depois de um concerto, é ficar com um sorriso na cara pelo que foi feito por nós e pelas bandas com quem tocámos, tendo passado a mensagem a quem esteve presente.
RISE & FALL
A essa questão temo já ter respondido na resposta à pergunta 10. Não vamos estar a dizer o que falta e o que está mal ou bem no hardcore, essa questão está mais do que falada e batida. Sinceramente, acho que cada um sabe de si e, no que toca a cada um de nós, fazemos o melhor que podemos para manter a "chama viva".
Sintam-se à vontade para dizer o que vos for na cabeça, obrigado.
Queríamos agradecer, pelas mais diversas razões, ao Rafael Madeira (Impact | Bookings), ao Emanuel (HellXis), Death Will Come, Cold Blooded, For The Glory, LifeDeceiver, Hard To Deal, Mike Ghost (Men Eater), Renato Cabral, Sandrine Martins, Rui Gaiola e Edgar Barros. Um obrigado a todos eles e esperamos poder continuar a contar com todos vós.
A THOUSAND WORDS - HARDCORE LIVES 2011
O 4THEKIDS não pode deixar de agradecer a disponibilidade da banda e deseja a todos a maior sorte. Obrigado.
27/05/2011
Entrevista a Lou Koller (SOIA)
Entrevista a Lou Koller (SOIA)
Foi no dia 22 de Novembro do ano passado que tivemos a honra de receber no Cine Teatro de Corroios a New York United Tour com Madball e Sick of it All de Nova Iorque a encabeçar o cartaz e a abrir Anal Hard e Cold Blooded, espanhóis e portugueses respectivamente.
Tivémos a oportunidade de conversar por instantes com o vocalista de Sick of it All, e aqui têm o que resultou dessa pequena troca de palavras.
So, you guys have the NY United tour going and I wanted to ask you how is It going and how does it feel doing this tour together with Madball, since you guys are two of the most important bands in the NY hardcore scene?
Lou: Many hanks for that but, the tour has been going great, it's been a lot of fun. We've known each other for many many years and we've toured together before. In the states we did Persistence Tour but it was, you know, also with Terror, Comeback Kid and Walls of Jericho and all that, but this is just with Madball. The time was right 'cause you know, both of us have new records out and also for the fans to try and do something special you know? So that's why we put it together.
And how does it feel to still be active after more than 20 years of career?
It's a double-edged sword. When we're here in Europe it's amazing because we have young kids and the old fans and in the United States it's more of a generational thing. It's weird there'll be a band that sounds exactly like either us or Madball, they're kids who are in their twenties and that's who those kids go see, they don't give a crap about the older bands. Some of them do, but not a lot.
What it your stance in relation to what people say that “hardcore is dead”, because Madball came out with a song that's pretty clear on that. What would you say to those people?
It's dead for them . And it's the same thing when somebody asks me about this tour and they say “ This is historical because you guys are the last of the great hardcore bands and a tour like this will never happen “. I was like “Yes maybe for our generation” but for a younger generation maybe there's two bands that 5, 10 years from now they're gonna be like “I can't believe they're touring together”.
What do you guys do in your professional life besides being in a hardcore band, because lots of people think that hardcore artists live only from this?
Well, we do this to make a living, but we have been lucky. Sometimes it's very hard, when we stop writing we stop making money and we get jobs like everybody else. When I'm home now, I have a baby daughter, she's only five months old so I take care of her, it's a lot of fun. But other than that, I used to work with my brothers, my older brothers do construction, whatever you can you know? And it was all just to keep doing this.
We know that Freddy for instance, has a Hip Hop project, and I don't know if for you guys Hip Hop has been an influence so, do you feel that it has been an influence and in what way is it similar to hardcore for you?
Definitely. Back in the old days in the early days of Hardcore, Hip Hop was coming up at the same time and a lot of Hip Hop artists would come down to CBGB's and be amazed. Back on our first album we had KRS-One do an intro and we have done shows with KRS-One. So yeah, of course it's an influence, you can hear it in the groove parts of all the songs.
Do you guys ever feel the urge to do something completely different?
We've tried different stuff, me, not really. I mean, every hardcore singer now goes out and do an acoustic project and all that. Me, I'm not cut out for that stuff, I love this, I've always loved this, this is what moves me. Yeah, I like some acoustic artists but I like them doing it, I don't wanna hear me sing acoustic.
You were speaking about your album that came out this year, so I wanted to know what is different in the creation process of an album since you guys are now a mature band and well-defined since previusly you were just angry kids?
That's exactly what it is. I mean, In the first two albums it was just me and Pete mostly, Armand wrote some songs, even Craig before he was in the band he wrote one song with us in the first record, but it was mostly me and Pete just venting our frustrations, and then by the time of “Scratch the Surface”, it was all four of us, then the last two records was musically Pete and Armand and I would write lyrics and Armand would write lyrics...and it was more mature. It's not just hating the world, it's being angry for a purpose and stuff like that.
Could you tell us about your first experience in hardcore and how it changed you?
Aw man!My first experience was at CBGB'S. The first show I went to was Corrosion of Conformity back when they sounded like Black Flag and had the singer of the “eye for an eye” era. And it was amazing, and the next weekend I got a flyer and it said “ Next week – Agnostic Front homecoming show” and this is the Victim in Pain, it was 1985, it was a long time ago. And that was the show that changed everything for me 'cause we went in and everybody had a shaved head, It was like a tribute of AF coming home from their US tour, and I had long hair and nobody gave a shit. I'm sitting there talking to this guy and he turns around and walks on stage and it was Vinnie Stigma and that feels different. I'm like “I just talked to the guy from the band and he didn't have an attitude, he didn't have bodyguards and just wanted to hang out” and it was fucking great.
What do you feel has propelled you more into the hardcore scene?
To me it was the sense of acceptance, you didn't have to look a certain way, you didn't have to dress a certain way. I know there is a style to hardcore know and even we adapted. I cut my hair like after the third week of going hardcore, I cut it short. I could've kept it long if I wanted it to but I felt cooler cutting it (laughs). But yeah, my big thing is that you could look and be whatever you wanted. I don't think it's true today anymore, but personally I still do what the hell I want.
How would you, in your opinion, describe the Hardcore community and its main values?
To me, the main values is, like I said, open-mindedness. Try to be accepting of each other and yeah, everybody has a different opinion around that and sometimes you disagree with it but at least when we're here at these shows, everybody should just get along.
Just to finalize this interview, do you have a message for the portuguese crowd?
Thanks for all the years of support ,I mean, we're really grateful. I know it sounds cheesy, but people don't understand how grateful we are to be able to do this our whole lives. And now I have a daughter and I'm proud to show her like, photographs and stuff. Even when she gets a little older I hope, if we're still going to bring her over to Europe and meet the people. And it is a cheesy saying, I think Hardcore did save our lives. It took us out of our little neighborhoods in New York and showed us the world and different ideas that people had. And that's why I think we're more broad-minded and I think it really helped us develop our character.