03/11/2009

ONEXCHOICE by Seventh Dagger


(clica na imagem para ver maior)

27/08/2009

Entrevista a OVERCOME


Começou no Verão de 2005 esta "aventura" com o nome de Overcome. A aventura foi ganhando corpo e hoje são uma das bandas mais promissoras em Portugal. Com um disco acabado de sair o 4TheKids achou que este era o momento ideal para estar à conversa com a banda. Fica aqui o resultado.

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4THEKIDS (4TK): Antes de mais obrigado pela vossa disponibilidade. Isto é algo que eu pergunto sempre quando faço entrevistas mas acho que algumas tradições devem ser mantidas, por isso aqui vai: quem são os Overcome e como é que começaram com a banda?

Tiago (T) – Isto começou com o convite que o Sen e o Pedro me fizeram para cantar, e o que ficou combinado, visto eu nunca ter cantado em lado nenhum foi: eu fazia um teste e que se fosse bué mau eles mandavam-me embora, ainda tou à espera de uma resposta lol. Depois fizemos uns quantos ensaios só os 3 foi então que convidamos o Noia (80Yards). Seguiu-se a gravação da nossa 1ª demo gravada pelo Pex, e foi nessa altura que o convidamos para a 2ª guitarra. Todos nós já éramos amigos antes de Overcome, e isso é muito importante para uma banda.

4TK: Iniciaram actividades no Verão de 2005, pelo que já lá vão 4 anos. Que balanço fazem deste tempo juntos enquanto banda? Presumo também que já tenham partilhado muitos bons momentos (alguns maus também) juntos, algum em especial que queiram partilhar connosco?

T – Felizmente foram poucos os maus momentos, lembro-me apenas de quando assaltaram o estúdio onde ensaiávamos na altura e nos levaram muito material. Momentos bons, recordo-me do concerto com Madball, por ser a nossa banda de culto.

Pedro (P) – Lembro me também do festival SIDE BY SIDE de 2006 no Laranjeiro (MS), onde tocámos em substituição de uma banda que de momento não me lembro. Recordo me que a aceitação foi muito boa. Foi dos nossos primeiros concertos enquanto Overcome.

(foto da banda)

4TK: Acabaram agora de lançar o vosso primeiro álbum “à séria” depois de terem lançado 2 demos em CD-R. Como é que surgiu este disco e em que medida é que é diferente (se é que o é) daquilo a que os Overcome nos têm habituado?

T – Não existe nenhuma diferença daquilo que é Overcome ao vivo, a única diferença é mesmo na qualidade sonora diferente das Demos, nada mais.

P – Nós estávamos com algumas dificuldades em avançar com o lançamento do CD, tanto a nível financeiro como a nível de tempo para trabalhar na banda. Ao fim dum tempo decidimos entrar em contacto com o Emanuel (Hellxis Agency), ele gostou da ideia de trabalhar connosco e foi assim que se chegou ao ponto de hoje. Estamos todos contentes e até a data tem corrido bem!

4TK: “Positive Thoughts Bring Positive Moments” é o nome do disco que acabaram de lançar. O que vos levou a escolher este nome? É esta a vossa filosofia enquanto banda e enquanto pessoas?

T – Ya, sem muitas lamechices, acreditamos que o hardcore deve ser sempre positivo, a nossa mensagem é sobretudo para que o pessoal entre no movimento hardcore e que traga algo de bom, é uma mensagem que tentamos passar nos nossos concertos. Hardcore é festa, é amizade e união.

(o disco - já disponível)

4TK: Deram há poucos dias 3 concertos pelo país: Faro, Cacilhas e Porto … como correram os concertos e qual foi a reacção por parte do pessoal às novas músicas?

T – Foi bastante bom, infelizmente Overcome não tem tido muita disponibilidade para tocar em Faro e no Porto, contudo fomos bem recebidos e o pessoal aderiu e fez-nos sentir vontade de lá voltar mais vezes. Em Cacilhas, foi granda festão, muita adesão e sentimos que as pessoas, tal como nós, estavam felizes por finalmente Overcome conseguir lançar o álbum.

4TK:E que outros planos têm para a promoção deste vosso novo disco?

T – Tocar, tocar, tocar…É onde nos sentimos bem é em palco, e é isso que esperamos que este álbum nos proporcione, mais concertos, mais spots, novas fronteiras.

4TK: Estiveram recentemente a tocar em Espanha no Ressurection Fest. Ainda que abrir um festival seja sempre uma tarefa inglória porque o pessoal anda disperso e assim, presumo que não deixe de ser uma honra partilhar o palco com bandas como H2O, Hazen Street, Madball, entre outros. Falem-nos um pouco mais sobre essa experiência.

T – Apesar de ter essa desvantagem abrir um Festival, por outro lado sentimos o respeito dos portugueses que lá estavam, todos pensaram o mesmo: “ eh pah Overcome vai abrir, bora tar lá cedo e apoiar”, a grande parte do pessoal que estava ao inicio para nos ver eram Portugueses e isso deu-nos uma grande moral e o concerto correu bastante bem. Em relação às bandas sentimos o peso, afinal somos todos fãs das bandas que passaram por lá, mas no final depois do convívio no backstage já éramos todos da mesma família, e foi muito bom sentirmo-nos integrados no meio de pessoal tão díspar. O hardcore é mesmo isto, no fim já não havia porta nos camarins e foi granda festa.

(Live @ Ressurection Fest)
4TK: Já agora, pegando nos nomes com que tocaram… Sentem alguma pressão extra quando tocam com bandas que acabam por ser uma referência para muita gente ou o “feeling” em cima do palco é sempre o mesmo?

T – Quer queiramos ou não, sentimos sempre uma pressão positiva, mas também com a experiência que temos sabemos que de certeza que ninguém das nossas bandas favoritas vai nos ver, e no fim o que importa realmente é o pessoal que tá no pit e esses merecem sempre tudo de nós, e é isso que fazemos, Overcome dá tudo em cima do palco, seja para 1 seja para mil.

4TK: Vocês são da zona de Loures, de onde já saíram bandas bem conhecidas na cena nacional. Neste momento como anda o Hardcore em Loures?

T – Não existem tantas bandas como antigamente, mas aos poucos vão aparecendo algumas de grande qualidade. O hardcore em Loures ainda mexe e isso é o mais importante é a dedicação do pessoal á cena.
4TK: E no geral, que visão têm os Overcome neste momento daquilo que é o Hardcore cá em Portugal? O que acham também que podemos esperar no futuro?

T – O que eu noto em relação às bandas é que cada vez há mais qualidade, cada banda que aparece nova aparece logo com ganda qualidade sonora e isso é muito bom. A união entre as bandas também é muito boa, sinto que todas as bandas com quem tocamos anda nisto para fazer alguma cena e nunca existe mau ambiente. O pessoal também adere a todos os concertos, aos poucos vai desaparecendo aquela cena de “só vou ao concerto destes, ou daqueles”, e cada vez mais “vou a um concerto de hardcore”, novas caras, e isso é sempre bom, agora o pessoal mais velho na cena tem que fazer os putos sentirem-se bem-vindos, não nos podemos esquecer que os oldschool de agora foram os new school do passado.

( o pessoal a curtir num show de Overcome )

4TK: E o vosso futuro a médio/longo prazo? Há planos ou desejos que possam partilhar connosco?

T – O principal objectivo de Overcome é daqui a 20 anos ainda sermos todos amigos, e se continuarmos a fazer aquilo que gostamos que é tocar, melhor.

P – Continuar a tocar, gravar mais cenas, dar concertos e conhecer pessoal novo! Tocar no estrangeiro também está a ser negociado:)

4TK: Chegados que estamos ao final da entrevista resta-nos agradecer-vos por todo o apoio que têm dado ao blog e pelo tempo que disponibilizaram para esta entrevista. Aproveitar ainda para desejar a melhor das sortes agora com o novo disco. Assim sendo, para finalizar, alguma mensagem final para quem nos está a ler lá em casa?

T – Muito obrigado pela oportunidade. Queremos deixar uma mensagem para o pessoal que tá agora a entrar que é, não se deixem influenciar, pensem pela vossa cabeça, não existe uma bíblia onde diga o que devemos e o que não devemos fazer, o que vestir, o que ouvir para ser do hardcore, temos de ser nós próprios a decidir isso e sempre com uma mente aberta.

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Link para o Myspace:
http://www.myspace.com/overcomeband

17/07/2009

Entrevista a Keep Walking


Ainda que o calor já se faça sentir um pouco por todo o Portugal, não há sítio mais quente neste momento que o Algarve! Prova disso é a quantidade e qualidade das bandas que começam a surgir (ou a conquistar terreno) vindas do sul do país. Talvez por ter crescido para os lados de Marrocos e ter lá tomado contacto com o Hardcore, a cena algarvia será sempre especial para mim. Foi por isso que, indo ao encontro de uma emergente banda algarvia, estive à conversa com o David dos Keep Walking. Fica aqui o resultado dessa entrevista.



4TheKids (4TK): Apesar de não serem propriamente novatos nestas andanças do Hardcore, digam-nos quem são os Keep Walking e como começaram a tocar juntos.


David: Amigos de longa data desde os tempos da escola, numa das edições do Rockfest em 2007 surgiu a ideia de juntarem para começar um novo projecto nesta onda, a banda começou com o Ricardo na bateria o Fábio na guitarra (anteriormente tocavam juntos noutra banda os Brain Damage), juntando-se o Pedro na guitarra (anteriormente baterista dos Reasonable Doubt ) e Nuno no baixo, em Abril foram compondo algumas musicas, mas na altura faltava alguém na voz, foi então que em Junho me convidaram (David) para a banda, após alguns ensaios e um primeiro concerto, vimos que as coisas funcionavam, e até hoje aqui estamos nós.

4TK: Em relação ao vosso novo trabalho, sei que já está gravado e que estão agora a tratar dos “pormenores” finais. Querem-nos falar mais sobre isso? Como correu o processo de gravação e em que fase estão agora …

David: O processo de gravação correu bem, claro que existem sempre alguns contratempos como a falta de dinheiro e tempo, o que por vezes atrasa um pouco as coisas. Tivemos umas ajudas preciosas durante as gravações, desde todo o pessoal que trabalha nos Estúdios Blacksheep, ao Miguel (Men Eater) que acompanhou as gravações do princípio ao fim e do seu irmão Poli, e claro o grande Makoto. Neste momento estamos a acabar a masterização, com o Alan Douches, e agora é tentar levar isto para a frente o mais rápido possível, mas como o financiamento é inteiramente da nossa parte não pode ser tudo de uma vez, então vamos dando os passos que nos são permitidos.

4TK: Já nos podem adiantar uma data para o lançamento?

David: De momento ainda não temos uma data concreta, mas estimo que no principio do Outono, pois de Verão é impossível para nós visto que todos trabalhamos.

4TK: Já agora, planos para a divulgação do álbum? Alguma coisa em concreto?

Diogo: De momento estamos a pensar fazer uma tour para a promoção do álbum, mas ainda está tudo por confirmar. E depois tentar divulgar o álbum pelos meios existentes e possíveis.


(Keep Walking ao vivo no Arcádia Rock Bar em Faro)

4TK: Tenho sentido uma grande evolução no vosso som. Apesar de não ter ainda ouvido o novo trabalho, mesmo ao vivo a diferença parece-me visível. A mudança teve algum motivo em particular ou surgiu naturalmente com o passar do tempo?

David: Eu sinceramente acho que surgiu naturalmente, sinto que se calhar agora também nos tornamos um pouco mais exigentes connosco próprios, á medida que tocamos nos concertos vamos ficando mais á vontade e outras coisas, vamos vendo pormenores que gostamos de melhorar e essa evolução surge espontaneamente acho eu.

4TK: Tenho também vindo a reparar nalguma temática ligada aos mares nas cenas da banda … o merch, até o nome do novo álbum que mete piratas! É por serem do Algarve, mera questão de gosto ou existem alguns motivos que nos queiram contar?

David: Além de uma questão de gosto tem a ver com as raízes, alguns membros são de Armação de Pêra, mas todos fomos criados com raízes bem assentes no mar e praia. Por isso toda a mística envolvente com o mar afecta-nos bastante e serve-nos também de inspiração para muita coisa. E queríamos de certa forma deixar transparecer um pouco isso no nosso primeiro álbum. Que apesar de conter várias temáticas acaba por ser a última música que dá o nome ao álbum.

( KW ao vivo)

4TK: Sendo uma banda do Algarve sentem que isso pode ser, por vezes, um problema, não tendo por exemplo a visibilidade que mereciam em Lisboa e mais para o norte e tendo também por isso menos oportunidades para tocar nessas zonas?

David: Não é bem um problema, mas eu acho que com insistência da nossa parte é possível, os outros factores que podem impossibilitar aqui e serem vistos como problemas, são apenas a disponibilidade e a nível monetário, mas por outro lado sendo do Algarve temos tocado em muitos spots nesta zona, e Alentejo também, aqui também existe cada vez mais adesão aos concertos, já se vê pessoas de todos os lados nos concertos no Algarve, e isso ajuda muito á divulgação.

4TK: A cena algarvia parece-me ter uma identidade muito própria e tem crescido nos últimos anos com bandas novas e com qualidade a aparecer, com novos promotores a organizar concertos para todos os gostos e a preços bastante convidativos. Ainda assim aposto que ainda existe muito que pode ser feito para melhorar as coisas. Como é que vocês descreveriam a cena hardcore no Algarve e o que mudariam se pudessem?

David: Neste momento no Algarve está a ser feito muita coisa, o problema maior é os sítios para tocar, mas vão surgindo uns desaparecendo outros, e é esta a realidade com que temos que lidar. Poderíamos fazer muitas coisas mas esse factor também limita um pouco o que podemos fazer. Temos cada vez mais concertos no Algarve desde bandas Nacionais como Internacionais, por isso acho que vamos num bom caminho.


(Ao vivo na Associação de Músicos em Faro)


4TK: E a nível nacional? O que acham que merece ser referido como positivo e o que mudariam no Hardcore nacional?

David: A nível nacional o hardcore não anda mal só acho que deveria existir mais união entre as bandas e também um pouco de mais entre ajuda. De resto acho que a cena está bem cimentada no panorama geral, vemos cada vez mais caras novas no panorama geral, a cena não vai envelhecendo tanto, há quem diga que pode ser uma moda agora, mas eu acho que é muito bom termos sangue novo, ver cada vez mais pessoas a apoiar as bandas nacionais e a cena underground. Pode ser uma coisa passageira do tipo que talvez daqui a uns anos apenas 20 % das pessoas que agora vão aos concertos continuem a apoiar as bandas e a ir a concertos e identificarem-se com o movimento hardcore, mas presentemente é bom.

4TK: Já agora, aproxima-se a “silly season” no Algarve, com a consequente invasão de pessoal de fora e assim. Acham que, dando concertos nessa altura e com a promoção certa poderiam, sem sair da vossa zona, aproveitar para promoverem-se lá fora o pessoal que cá vem passar férias vem para outras andanças?

David: Pois podíamos, mas o problema é que nesta altura como sabes é quando o pessoal do Algarve trabalha mais, pois todos nós trabalhamos, e nesta altura é quase impossível andarmos a promover o cd ou dar concertos com muita regularidade, pois devido aos nossos horários é difícil conciliarmos para ensaiar, ou mesmo para tocar á noite. Já tivemos de recusar alguns convites para tocar durante o Verão, e as datas que vamos tocar vai ser grande ginástica, ou teremos que recorrer a alguns amigos nossos para substituir um dos membros nalguns concertos.



4TK: Que outras bandas algarvias aconselham o pessoal lá de cima a ouvir? Hardcore ou não, digam-nos ai o que é que anda a render para os lados de “Marrocos” como eles tanto gostam de dizer.

David: Pois aqui o pessoal de Marrocos tem aqui alguma variedade, Temos bandas mesmo muito boas que estão a crescer muito rápido mesmo, temos Brain Bomb, A Thounsand Words, The Highest Cost, Polygamia, Rat Attack, Pressure, Broken Distance, Eyes Of Dawn entre muitas outras.

(Em Estúdio)

4TK: Bem, chegámos ao fim desta entrevista. Queria agradecer-vos pelo tempo disponibilizado e por todo o apoio que têm dado ao 4TheKids! Querem deixar algumas últimas palavras para quem nos está a ler lá em casa?

David: Convido todos a ouvir as nossas músicas que vão ser colocadas no myspace brevemente e para aparecerem nos concertos para apoiar todas as bandas que trabalham imenso para conseguir tocar. E agradecer aos 4TheKids e pelo apoio e divulgação que tem dado á cena nacional. Keep Walking with us…

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Myspace da Banda:
www.myspace.com/keepwalkingband

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11/07/2009

Entrevista Vultures - O Movimento Hardcore Punk e os Direitos dos Animais



A entrevista foi feita pelo Fábio Gonçalves no âmbito de um "projecto académico". Saibam mais aqui!

09/07/2009

Entrevista a Lifedeceiver



4TK: Antes de mais obrigado por se disponibilizarem a responder às nossas perguntas. Pessoalmente vejo os Lifedeceiver como uma evolução bastante positiva em relação á banda que tinham os 4 em conjunto, Greg The Killer, com a qual deram o último concerto no passado dia 10 de Janeiro em Lisboa. Deram concertos por quase todo o país e a vossa popularidade dentro do hardcore nacional estava a aumentar, o que vos levou em acabar com Greg The Killer e juntarem-se de novo os quatro para formar um som reestruturado agora com o nome de Lifedeceiver?

Mike: Os Greg the Killer (GTK) foram formados em 2007 pelo Paulo Lemos (Resposta Simples) que basicamente recrutou o Plácido (baixo), Romano (Bateria) e a mim para a voz. A uma certa altura convidámos o Bruno para se juntar como segunda guitarra, mas após 3 concertos o Paulo saiu da banda porque foi para os Estados Unidos trabalhar na Disneyland ehehe.
Ficou apenas o Bruno na guitarra e nesta altura já não nos identificávamos com o som que tocávamos, principalmente o Bruno.

Bruno: Entrei nos GTK em Junho de 2008 e basicamente limitava-me a tocar as músicas que o Paulo tinha feito. Já nenhum de nós se identificava com o som da banda e foi então que decidimos terminar com os Greg The Killer. Passaram-se 3 meses e recebi uma chamada do Plácido a dizer que estava farto de estar parado e queria fazer uma banda nova. Eu já tinha uns riffs pensados que nada tinham a ver com a banda GTK. Basicamente o fim dos GTK deveu-se ao facto de querermos algo novo e mudar de ares ehehe

(Os Deceivers)

4TK:Lançaram uma demo com 3 temas e já deram alguns concertos por ai (Coimbra, Pombal, Montijo). Como tem sido a resposta das pessoas?

Bruno: No nosso primeiro concerto, mal demos o primeiro acorde começou tudo a fazer sidewalks e isso foi muito fixe, ver pessoas que não nos conheciam de lado nenhum ali a curtir e no fim a virem dar-nos os parabéns e que o nosso som não tinha nada a ver com Greg The Killer. Eu pessoalmente, fico um bocado lixado quando me dizem isso porque não gosto que comparem Lifedeceiver com Greg The Killer, principalmente porque Lifedeceiver foi uma banda que saiu maioritariamente da minha cabeça e completava as músicas com o Romano e eu em Greg The Killer só me limitava a tocar o que já estava feito. Back on topic, outra das reacções positivas foi o facto de no primeiro concerto vendermos tipo 10 shirts e algumas demos. O pessoal ainda fica um bocado apático e eu compreendo isso porque somos uma banda recente e também não acho que sejamos uma banda propriamente pró mosh ehehe

4TK: Os LD caracterizam-se no myspace como uma banda Hardcore/Rock. No vosso top, onde muitas vezes é possível perceber as influências das bandas a nível musical também têm grupos de estilos um tanto ou quanto dispersos! Ao certo, quais diriam ser as vossas maiores referências enquanto banda?

Para simplificar as coisas, vamos enumerar cinco bandas cada um:
Mike: The Banner, Converge, The Sword, The Abominable Iron Sluth e No Turning Back
Romano: Parkway Drive; Cancer Bats; The Hellacopters; For The Glory e Eternal Bond
Plácido: Madball; Arkangel; Champion; H2O e Agnostic Front
Bruno: Entombed, Motorhead, Electric Wizard, High On Fire e Integrity.

4TK: Pessoalmente penso que o vosso merch é dos melhores que tem aparecido a nível nacional e pelo que sei os designs são obra do Mike. O que vos influenciou para ter saído algo tão bom?

Mike: Antes de mais obrigado pelo elogio, à primeira vista as pessoas pensam que as nossas músicas são negativas daí os desenhos mórbidos que costumo fazer no meu dia-a-dia mas se formos a ver existem metáforas nas nossas letras com mensagens positivas mas com sonoridade negativa. Essa foi a maior influência quando fizemos o merch. Por exemplo, nós temos uma t-shirt com Lúcifer mas que tem uma frase por baixo que é uma mensagem positiva ‘DONT LET YOUR EYES CHEAT YOU’. Estas são as maiores influências para mim e para o Bruno quando idealizamos e desenhamos o nosso merch e layout.

(uma das imagens do merch de LD)

4TK: Qual o próximo passo que pensam em dar? Alguns planos futuros em termos de tours ou novas gravações?

Bruno : Neste momento acabámos de compor o nosso primeiro ep e estamos já em fase de composição do nosso primeiro álbum. O Ep está previsto sair este ano e o álbum no próximo ano. Quanto a Tours, primeiro queremos tocar o máximo possível dentro do país mas gostávamos de nos meter na carrinha com os Never Fail e causar alguns distúrbios nessa Europa ehehe

4TK: Sendo vocês do centro do pais (Coimbra e Leiria) encontram na vossa vizinhança um número relativamente menor de bandas com uma sonoridade semelhante á vossa. A vossa abordagem em palco é diferente tocando com bandas de rock ou metal?

Bruno: A cena fixe da nossa banda é que acho que nos inserimos em ambos os meios. Tanto podemos estar a tocar com bandas mais rock and roll como com bandas metal devido à nossa mistura de sonoridades.

Plácido: Cada concerto é um concerto e encaramos os concertos todos de forma igual e temos a mesma atitude em qualquer tipo de concerto.

4TK: Como resultam os concertos dados para públicos não maioritariamente fãs de hardcore/punk?
Bruno: Não posso responder essa pergunta porque nunca demos nenhum concerto para pessoal que não seja fã de punk e de hardcore.

(foto da banda ao vivo)

4TK: Existe a ideia de que o pessoal das bandas arranja miúdas com bastante facilidade, podem-nos confessar se isso tem resultado convosco ou se tudo não passa de um mito para que as pessoas se juntem e façam música?

Mike : Na minha situação isso é um mito porque nunca arranjei nenhuma miúda por causa da banda. Os restantes são um bocado playboys mas creio que as arranjam devido ao seu charme a tocar ya ehehehe
Não, agora a sério, acho que isso é um mito, tanto que dois de nós têm ou já tiveram relações sérias e com certeza que não foram formadas devido a Lifedeceiver.

4TK: Os altos e baixos de uma banda costumam dar-se quando vão juntos em tour, com que bandas gostavam de partilhar uma carrinha e espalhar a falta de respeito?

Bruno: Como já disse na outra pergunta, eu gostava de juntar os meus companheiros de Never Fail e os de Lifedeceiver numa carrinha e andar a tocar pela Europa duas vezes por dia até ficar sem dedos ehehehe

(os bateristas também merecem fotografias)

4TK:Existe algo que gostariam de ver apagado no panorama Hardcore nacional?

Mike: Não, porque não seria o que é hoje em dia.

Bruno: Não sou a melhor pessoa para responder a esta pergunta porque sou um bocado hater ahaha Fico totalmente pissed-off quando vejo pessoal a ir a concertos de Hardcore e achar que sabe tudo e mais alguma coisa sobre o meio e que se arma em durão e que é o rei do mosh-pit ou o scene king. Esta pergunta já é cliché e as perguntas acabam também por tornar-se por isso não tenho mais nada a acrescentar mas se quiserem trocar dois dedos de conversam venham ter comigo e trocamos umas ideias sobre o que pensamos disto que eu amo que se chama HARDCORE.

4TK:Bem, chegámos ao fim desta entrevista. Algumas últimas palavras sábias que queiram dar a quem nos lê?

Todos: Obrigado pela entrevista. Apareçam nos nossos concertos, comprem o nosso merch e façam de nós a banda mais rica e famosa de Portugal

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Myspace da Banda:
www.myspace.com/lifedeceiverhc

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Entrevista feita pelo Hermano

27/06/2009

Shipwreck A.D.





( cliquem nas imagens para ver em tamanho maior )

Entrevista feita por Markus Fischer-Lindenberg

Podem sacar um pdf com a entrevista clicando aqui!

Black Ink




( cliquem nas imagens para ver em tamanho maior )

Entrevista feita por Markus Fischer-Lindenberg

Podem sacar um pdf com a entrevista clicando aqui!

18/06/2009

Entrevista a Never Fail


1. Há perguntas que embora sejam clichés, são necessárias. Tendo em conta que são uma banda nova esta é daquelas que tem que ser feita: quem são os Never Fail e como surgiu a oportunidade de tocarem juntos?

J: Os Never Fail são o Leandro na voz, o Bruno no baixo, o Bruno e o João nas guitarras e o André na bateria. A ideia de formar esta banda surgiu quando alguns de nós demos o concerto de Nail Fail e para isso é necessário explicar como apareceu Nail Fail. O Bruno e o Hermano da Predator Bookings fizeram aí um concerto em que várias bandas se cortaram à última hora então tavam a precisar de bandas para tocar nesse show. Nail Fail foi uma ideia que surgiu de tocar umas quantas covers nesse show e a cena correu fixe por isso decidimos fazer uma banda a partir daí. O Fábio que tocou bateria nesse concerto de Nail Fail não é baterista por isso arranjámos o André para a bateria, o Bruno tocou baixo nesse show mas passou para a guitarra e arranjámos outro Bruno para o substituir. O Ema deixou de cantar, mas é membro honorário de Never Fail e vem connosco pra todo o lado ahah.

L: Eh pá, dizer que Nail Fail correu fixe é ser demasiado simpático! Ahahah Digamos que foi engraçado tocar aquelas covers e aqueles pregos todos, foi uma tarde de HC diferente e deu para perceber que tocarmos juntos até tínhamos potencial, tínhamos o mesmo feeling e a mesma vontade de fazer cenas novas! Qualquer dia Nail Fail volta aos palcos e melhor ensaiados desta vez!

2. Já agora, o nome em si tem algum significado especial?

J: Ao início foi uma brincadeira para ser parecido com Nail Fail e queríamos lançar um split com Nail Fail (ou seja connosco próprios lol) em que um lado seria originais de Never Fail e do outro lado covers nail’adas. Para além disso o nome Never Fail diz-nos algo porque todos tentamos nunca falhar naquilo que fazemos na vida, em qualquer frente desta. Isso não quer dizer que nunca falhemos e que nos achemos perfeitos, quer apenas dizer que tentamos não falhar.

3. Para quem ainda não teve a oportunidade de os ouvir, como caracterizam o vosso som e quais consideram ser as vossas maiores influências musicais?

J: O nosso som é rápido (a sério, em 5 minutos ouvem a demo por isso n têm desculpa, musicas de 1 minuto máximo) e todos gostamos de bandas de hardcore antigas dos anos 80, talvez seja daí que temos as maiores influências para esta banda.

4. A nível das letras, o que é que vos inspira ou chateia a ponto de merecer que falem sobre isso nas vossas músicas?

L: Principalmente o que se passa na cena HC, sem duvida. Desde aquela pessoa que se aproveita da ingenuidade dos mais novos, passando pelo racismo e acabando naqueles que tornam os concertos cada vez mais agradáveis! Depois há também o carisma político e/ou social e também questões como o ambiente, etc. O HC sempre foi musica de intervenção portanto acho que é normal acabar por se falar de tudo um pouco o que nos rodeia no dia a dia. Normalmente escrevo mais sobre o que me chateia, uma espécie de exorcizar o que vai cá dentro, principalmente em assuntos dentro do HC.

(Leo durante as gravações)

5. Segundo sei o processo de gravação da Demo foi bastante rápido, tanto que já têm a demo cá fora (à venda e disponível para download). Querem contar-nos, em traços gerais, como foi?

J: As músicas como tem à volta de um minuto cada foram fáceis de fazer, chegávamos ao ensaio com umas ideias e saíamos do ensaio com as musicas feitas no ponto. No primeiro ensaio desta banda fizemos as músicas “Never Fail”, “Reality Slap” e “For the Glory”, que estão as três na demo. Falámos com o Paulão para gravar lá no Mad Dog Studios e marcámos um dia às 21.30. A gravação começou às 22.30 e à 1 da manha tava tudo em casa já ahah. Depois foi lá voltar no dia a seguir, meter as quotes de uns filmes mafiosos e tava pronto. Depois é o clássico, queimar cd’s, imprimir capas, cortar capas, demo à venda. Ah, já agora, obrigadão ao Mike de Lifedeceiver que fez a capa da demo em tempo record, para condizer com a velocidade das faixas.

L: A gravação foi rápida porque o João grava as músicas na guitarra em metade do tempo delas, não me perguntem como mas é verdade! Ahahahah Fora de brincadeira, as músicas são pequenas e directas, estavam relativamente bem ensaiadas e quando é assim é bastante fácil que as coisas saiam á primeira! E o Mike LD realmente merece todo o mérito também pelo trabalho que fez em tempo record!

6. As últimas duas músicas da demo têm o nome de duas bandas nacionais (For The Glory e Reality Slap). Porquê a escolha desses nomes?

L: Como o João escreveu mais atrás, era suposto para primeiro lançamento um split com Nail Fail. A ideia era 3 originais e 3 covers. Nas de Never Fail quis fazer uma espécie de homenagem ao HC em Portugal e escolher como título duas bandas que adoro, uma antiga (FTG circa 2003) e uma mais recente (R.S. circa 2008). A ideia do split ficou adiada e as musicas já estavam feitas e ensaiadas e como é óbvio não ia estar a trocar a letra por causa disso então ficaram assim e fica a minha pequena homenagem a estas bandas e todas as outras que fazem isto andar para a frente.

7. Deram o vosso primeiro concerto enquanto banda há uns tempos no Montijo. Apesar de já serem pessoas com alguma experiência em palco como é que se sentem cada vez que se estreiam enquanto banda nova?

J: Falando por mim, sinto sempre aquele nervosinho por ser o primeiro dessa banda, por não saber se vai tudo correr bem, por saber que nos tão a ver pela primeira vez e essas coisas todas. O primeiro concerto foi fixe, mas demos pregos pesados ahah. Mas havia pessoal a cantar as letras já e a divertir-se por isso é bom sinal.

L: Yah, uns pregos um pouco lixados mas nada que não seja normal para primeiro concerto. Da última vez que tinha cantado num palco foi também no Montijo, cerca de um ano antes deste primeiro concerto de NF, com EB, e na altura o nervoso ficava um pouco para trás. Este primeiro de NF foi diferente, já estava um pouco nervoso talvez por ter estado tanto tempo afastado dos palcos, por ser também o primeiro concerto e por estar sempre a pensar em como será que vai correr, etc! Mas a partir de agora é sempre a melhorar e as coisas acabam por sair naturalmente e acabamos por nem nos preocuparmos assim muito.

8. Uma vez que têm pessoal de mais um local, têm sentido alguma dificuldade para ensaiar e assim ou hoje em dia é relativamente fácil o pessoal juntar-se todo?

J: Costumamos ensaiar em Almada porque encontrámos lá uma garagem com bons preços e compensa o Leo e o Bruno virem de Lisboa p ensaiar lá. Eu e o André estamos praticamente em casa por isso é na boa. Quanto ao Bruno da guitarra, é um pouco mais difícil porque ele é de Leiria então não lhe dá jeito nenhum vir a Almada para ensaiar a meio da semana. Contudo a Internet salvou as nossas vidas, passo-lhe as músicas que fazemos pelo MSN, mando-lhe as tabs e ele aprende tudo tranquilo. Quando ele tem alguma ideia para músicas grava um mp3, manda-me e trabalhamos a cena nós os quatro no ensaio. Para além disso ele de vez em quando vem a Lisboa para ver concertos ou assim e nessas alturas aproveitamos para ensaiar todos.

L: O João e o Bruno que mora em Leiria são os verdadeiros reis do ensaio virtual! Ahahah mas a verdade é que corre sempre tudo bem, o Bruno quando consegue vir ensaiar a Lx safa-se na boa e as coisas correm sem problemas.

(Never Fail)

9. O que é que podemos esperar de Never Fail no futuro? Sabemos que pelo menos a agenda de concertos está bem preenchida … mas há alguma novidade ou surpresa que queiram revelar a nível de projectos?

J: Como já disse lá em cima, nesta banda as músicas fazem-se à velocidade da luz por isso já temos umas 6 ou 7 novas ideias para músicas que tão a ser trabalhadas de momento, curtíamos arranjar uma editora fixe para lançar um 7” com essas músicas. A ideia do split de Never/Nail Fail ainda não foi posta de lado por isso é também uma hipótese para o futuro. Quanto a concertos, quantos mais melhor! Queremos tocar o máximo possível e como somos uma banda que dá concertos curtinhos somos bons p por em qualquer cartaz lol. Também está nos planos fazer um pouco de TOURismo no futuro, vamos lá ver como corre tudo.

L: Como já disseram no Forum da Cena: “é o som mais lusco fusco do hardcore”, portanto podemos tocar todos os fins de semana que ninguém se farta! Ahahaha Como o João disse e bem, queremos tocar o máximo possível por enquanto, estamos todos com bué vontade de fazer cenas novas e de ver as respostas das editoras para podermos fazer o 7”.

(em concerto)

10. A vossa banda optou por lançar a demo através da internet (ainda que a tenham também à venda em CD e no futuro em K7). Acham que a democratização da internet e os downloads são um aliado ou um inimigo das bandas, quer estejamos a falar de cenas mais pequenas ou bandas mainstream. Ou acham que a resposta varia consoante a dimensão da banda de que falamos?

J: Eu sou da opinião que a Internet só não é aliada das bandas quando as bandas andam cá única e exclusivamente para fazer dinheiro. E nesse caso, as bandas é que não são aliadas da música. Mesmo no caso de uma banda mainstream, a internet é aliada dessa mesma banda porque há a possibilidade de chegar a mais pessoas que, sem internet, não teriam acesso ao álbum da banda sem o comprar. Para além disso, ao chegar a mais gente a banda tem a possibilidade de ter mais pessoas a gostar da sua música, mais concertos cheios e até mais vendas de álbuns porque se as pessoas realmente gostam da música podem acabar por comprar mesmo o álbum. No caso de bandas não mainstream, e especificando para o caso do hardcore, os benefícios são ainda mais evidentes. No tempo em que não havia internet as coisas faziam-se na mesma mas a custo triplicado. Hoje em dia tens uma banda, pões os sons no myspace e chegas ao mundo todo, é muito mais fácil dar a tua música a conhecer e os benefícios para a banda são inegáveis. Quanto ao caso concreto de Never Fail, decidimos por a demo logo na internet porque achamos que não faz sentido fazermos música para a termos fechada a sete chaves no nosso pc e só a dar a quem compra a demo ou assim. A música que fazemos é para todos e como tal faz sentido para nós disponibilizá-la gratuitamente para toda a gente, depois quem quiser comprar a demo compra, quem não quiser não compra, mas toda a gente fica a conhecer a banda e não podem dizer que não conhecem porque não tiveram guito p comprar o original. Houve membros da banda que ouviram os sons no myspace antes de terem o mp3 sequer ahaha.

L: Concordo com o João em tudo, a nossa decisão de por logo tudo disponível tem a ver com o facto de não fazer sentido ganharmos dinheiro com isto! Os custos de gravação da Demo e da edição dos CD’s foram bem suportados por nós logo não há problema em dar o nosso trabalho a conhecer a toda a gente e, como já se disse, ninguém tem desculpa para dizer que não conhece! Compreendo que quando se tem uma gravação cara, um MCD ou um Full-Length cá fora as coisas são diferentes, investiu-se muito dinheiro e tempo e queremos ser recompensados de qualquer forma! Mas a verdade é que quem realmente gosta acaba por comprar e isso viu-se no nosso primeiro concerto em que vendemos umas 7 ou 8 demos. Pode não parecer muito, mas eu pensava que nem iria vender metade devido a estar tudo na internet! Falando de bandas mainstream penso que eles nem se preocupam assim tanto com a venda dos CD’s, quem recebe a maioria do dinheiro são as editoras… Eles ganham muito mais dinheiro em contractos de publicidade e concertos e participações em eventos! Falando objectivamente, quanto mais conhecidos mais downloads ilícitos mas por outro lado mais publicidade e mais requisições para tocar!

(durante a gravação da demo)

11. Como já referi, apesar da novidade da banda, vocês já cá andam ou algum tempo nestas andanças, por isso acho que é legitimo que vos pergunte: na vossa opinião, o que está mal no hardcore nacional? E já agora, o que acham que faz do hardcore nacional especial (não pode ser falar só mal eheheh)?

J: Actualmente em termos de bandas e assiduidade a concertos acho que até não está nada mau. Temos boas bandas, recentes e menos recentes, nos vários estilos de Hardcore. Os concertos têm estado cheios de gente nova e isso é sempre bom. O que acho é que falta um pouco de motivos que agarrem essas pessoas novas ao hardcore para que não seja só uma passagem devida a modas e assim. Há poucas bandas que continuem a falar nos concertos e isso é sempre mau, há pouca troca de informação, as zines caíram em desuso e há uma de ano a ano. Lembro-me que quando comecei a ir a concertos em 2000/2001 o que me fez ficar, mais que a música, foi mesmo o que se dizia entre as músicas, o que lia nas zines e tudo isso. Acho que é a única coisa que falta, a mais importante. Fora isso, a cena alternativa de Portugal, seja hardcore, punk ou variantes, está cheia de bandas boas, For the Glory, Day of the Dead, Reality Slap, Broken Distance, Step Back, Please Die, Rat Attack, Adorno, Decreto 77, Mr Myiagi, Killing Frost, Pressure, … a lista é gigante.

L: O que está mal é as pessoas usarem-se do HC como forma de ganhar status e serem alguém de importante. Chegam, consomem e vão embora, demore 6 dias ou 6 meses ou 6 anos! Mas por outro lado acaba sempre por ficar quem interessa, quem tem algo a dizer e a fazer pelo HC. Mesmo quando se afastam deixam um legado e acho isso ainda mais importante do que aqueles que continuam cá e não têm nada para oferecer! As pessoas novas têm que aprender a ser mais humildes, a ter respeito por quem anda cá há mais tempo! Ninguém é mais que ninguém, mas a verdade é que como em tudo, tem que haver respeito por quem está cá há mais tempo, porque se não fossem essas pessoas, talvez estes concertos de fim de semana não existissem mais! Infelizmente o que me fez ficar em 99/00 já não existe agora (as zines, as “palestras” nos concertos, o convívio a falar de HC com pés e cabeça). Mas por outro lado existe um movimento de pessoas verdadeiras e isso nota-se á distância quem são. É óptimo ver bandas como Day Of The Dead ou For The Glory a continuar a tocar, fazer coisas novas, continuam a falar nos concertos e a dizer coisas objectivas sem insultar ninguém nem vangloriar uma moda ou um estilo de vida. Hoje em dia essas são as bandas base do HC em Portugal e adoro ver que continuam por cá e pelos vistos, vão continuar por muito mais tempo. Essas bandas/pessoas são uma verdadeira fonte de inspiração.

12. Há algum concerto de sonho para os Never Fail? Algum local e bandas em concreto com quem gostariam de tocar (bandas que já acabaram e locais imaginários são aceites!)

L: Eh pá… Adorava tocar em Boston com Floorpunch, Project X, Carry On, e One Life Crew ahahahaha Ia ser o pico da crucialidade com os posers todos, mas eu fechava bem os olhos a isso e batia em toda a gente! Ahahahah

J: Never Fail + Agnostic Front + Madball + Sick of it All, numa casa abandonada numa floresta, em 1990.

13. Obrigado por terem disponibilizado algum do vosso tempo para nos responderem a estas questões. Agora, a última pergunta da praxe: querem deixar algumas palavras finais para quem nos está a ler lá em casa?

L: Falo por mim, não quero estar a entrar em cliché mas continuem a apoiar as nossas bandas e promotores nacionais. Isto é tudo feito DIY e se não nos apoiarmos uns aos outros isto acaba por morrer! Já que estão no HC, façam algo por ele! NEVER FAIL

J: Pretty much it.

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25/05/2009

Flash Interview - TOGETHER


Em Torres Vedras, um grupo de amigos reúne-se para fazer música, aliás, mais do que isso (pelo menos dentro dos padrões que agora são adoptados), para passar uma mensagem! Nascem assim os Together com quem estivémos à convera! Fica aqui o resultado:

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1.Quem são os Together e o que os levou a juntarem-se para tocar?
Os TOGETHER são um grupo de amigos de longa data com algumas ideias em comum e com vontade de fazer uma banda que transmita o feeling do hardcore com que todos crescemos. Era parte integrante do underground o “do it yourself” ou seja, o fazer tudo por nós próprios, escrever zines, organizar concertos, workshops, debates, distribuir panfletos sobre os mais variados assuntos (políticos ou não) como vegetarianismo, viver livre de drogas, feminismo, ecologia, igualdade, liberdade, etc. Estes fortes valores eram a base do Hardcore onde sempre nos vimos reflectidos mas nos dias de hoje a roupa e os engates tornaram o hardcore um circo disfarçado em desfile de moda. TOGETHER representa o “nosso” Hardcore, político e sincero, simples e directo. Não pensamos que somos melhores do que os outros, apenas fazemos a nossa parte porque esta banda representa aquilo que somos. Para nós o Hardcore é música com mensagem e não teria lógica fazer algo que não se encaixasse neste pensamento comum a todos os integrantes da banda. A ideia principal é dar a nossa opinião sobre o que se passa à nossa volta, ao mesmo tempo que sonhamos, idealizamos e construímos um mundo diferente.

2.Quais diriam que são as vossas influências musicais?
Esta é difícil de responder porque na realidade o resultado final acabou por não ser o planeado. Somos uma mistura do que se passa no Hardcore em geral. Together é uma fusão de cenas mais antigas com cenas mais modernas.

3.Qual é a principal temática das vossas músicas?
Nós vemos o Hardcore como um veículo poderoso para discutir temas importantes, e assim sendo, todas as nossas letras falam sobre algo em concreto, trazendo sempre uma crítica social, uma opinião, uma ideia, uma mensagem. A música não é mais do que um pretexto para gritarmos bem alto, fazendo ouvir as nossas convicções do outro lado do mundo (dai termos decidido cantar em inglês). Até agora temos letras que falam sobre fazermos tudo por nós próprios, sobre capitalismo, civilização, tecnologia e progresso, sobre o ciclo da vida e como devemos desfrutar dos nossos dias como se fossem os últimos, sobre a cena Hardcore, sobre os engates nos meios alternativos, etc.

4.Apesar de terem acabado de aparecer, têm já planos para uma tour pela Europa. Falem-nos mais sobre isso!
A ideia inicial desta banda era ir em tour, e isso tornou-se realidade. Juntámo-nos, ensaiámos, fizemos músicas suficientes para lançar o primeiro cd e vamos acabar de gravá-las no princípio de Junho. Estamos muito entusiasmados e cada vez há mais datas marcadas na Europa. Temos já a tour quase toda organizada. Vamos lançar o nosso próprio cd, imprimir as nossas próprias t-shirts (de comércio justo) e imprimir os nossos autocolantes também. Queremos tocar em Portugal antes da tour, e depois também. Vamos ver até onde conseguimos ir como banda, pica não nos falta e vontade de tocar também não.

5. Então e planos para tocarem em Portugal?
Sim, queremos tocar em Portugal. Mas como já dissemos na resposta anterior a ideia inicial da banda era ir em tour pela Europa, assim sendo, agora estamos concentrados nisso. Depois logo se vê o que vem a seguir e que caminho iremos tomar. Mas sim, queremos tocar em Portugal.

6. No myspace dizem também que o disco está para breve. O que nos podem adiantar?
O cd será lançado pela banda antes da tour, ou seja, lá para finais de Junho, princípio de Julho o cd estará cá fora. Serão 8 faixas, 6 músicas, uma intro e uma outro.

7. Planos para o futuro mais a longo prazo, tendo em conta que o disco e a tour são algo que querem concretizar mais em breve.
Queremos tocar o máximo possível. Queremos continuar a fazer músicas novas, lançar mais cenas, continuar activos.

8. Palavras finais... digam o que vos vai na alma!
Obrigado por se terem lembrado de nós e nos terem dado oportunidade de falar sobre TOGETHER. Boa sorte para vocês (4 the kids) e continuem a apoiar as bandas novas que vão aparecendo.
Nós acreditamos que o veganismo e uma vida livre de drogas são armas poderosas para resistir a este sistema opressor. Para nós faz sentido viver assim, embora a nossa atitude como banda não seja mente fechada em relação a estes temas. A nossa ideia não é impingir, forçar ou discriminar por não viverem como nós, mas sim de expor, dar o exemplo, mostrar. Nós não sabemos tudo nem julgamos que sabemos, estamos aqui também para aprender com as outras bandas, com as pessoas que fazem a cena Hardcore, com as zines, livros e panfletos, com passagens de vídeos e debates.
Não acreditamos nesta sociedade onde valores nobres são substituídos por meios obscuros e corruptos onde os ricos enriquecem à custa dos mais pobres. Não nos identificamos com este mundo. Assumimos a nossa postura e levamos avante estilos de vida alternativos a uma sociedade capitalista, egocentrista, discriminatória e especicista. Capitalismo é crime organizado. GO VEGAN!

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Myspace:
www.myspace.com/togetherhxc

20/05/2009

Dig Your Grave - Flash Interview


Apenas um dia depois de se terem mostrado ao mundo enquanto banda com a disponibilização de uma música online, os DIG YOUR GRAVE disponibilizaram já algum do seu tempo para responder a algumas perguntas da nossa parte! Fica aqui o resultado:


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1. Quem são os Dig Your Grave e porque decidiram juntarem-se para tocar?
Com o fim de Step Out a cena morreu por estes lados. O Frodo falou com o Miguel e nasceu o projecto. Entrou o Adolfo e o seu irmão Ruben *risos* (eles não são irmãos... mas parecem!) para a guitarra e bateria, respectivamente. Se bem que ainda demorou um bom bocado até ganhar um rumo... é lixado para nós ensaiarmos. Ensaiamos para aí de 2 em 2 semanas 1 hora.


2. Quais diriam que são as vossas influências musicais?
Não temos uma influência bem certa, queremos velocidade e música pesada. Uma mistura. Mas, se nos fosse mesmo pedido um exemplo, diria No Turning Back, Knuckledust... Terror. Por aí!

3. Quando poderemos vê-los ao vivo?
E o que podemos esperar de um concerto vosso?

Ao vivo é complicado, agora mete-se aí o Verão pelo meio ... Talvez para Setembro, quiçá antes!
Podem esperar energia, vontade e garra !


4. Qual é a principal temática das vossas músicas?
Falamos sobre o nosso modo de encarar a vida após erros passados e mesmo de erros passados ... Do dia a dia, de dificuldades que encontramos...


5. Planos para o futuro?
Concertos + Concertos + Concertos !


6. Como está a cena Hardcore ai pelos lados das
Caldas e Cadaval neste momento?

Parado! Muito parado, queremos ver se damos um abanão a isto !


7. Palavras finais... digam o que vos vai na alma!
Um abraço a todos os que até agora nos apoiaram e um forte abraço também para o Diogo da Axe Farm Studios que nos deu uma ajuda tremenda!

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12/05/2009

Entrevista a Richie Krutch



Entrevista a Richie Krutch de Boxcutter e Wisdom in Chains feita para o site HARDTIMES.CA

03/05/2009

Entrevista a Earth Crisis



(carreguem em cima da imagem para ver maior)

11/02/2009

Entrevista a Twenty Fighters !


São da vizinha Galiza e estão no activo desde finais de 2002. A cerca de um mês de lançar o seu segundo disco – Esta es mi guerra – (em Portugal pela Hellxis e em Espanha com a Fragment Records) e a pouco mais tempo do seu regresso a terras lusas, os Twenty Fighters estiveram á conversa com o 4TheKids. O percurso da banda, projectos para o futuro, o estado da cena na Galiza e até política foram alguns dos temas visados durante a conversa! Fica aqui o resultado:


4TK: Antes de mais queria agradecer desde já pelo tempo cedido e dar-vos os parabéns pelo vosso trabalho! Uma vez que não existem muitas diferenças entre o galego e o português nós vamos colocar as questões em português mas sintam-se à vontade para responder em galego! Bem, para começar, a pergunta da praxe para aqueles que não vos conhecem: quem são os Twenty Fighters?

20F: Os Twenty Fighters son catro rapaces que medraron xuntos na escena hardcore de Viveiro e que comezaron a sua aventura a fináis do ano 2002 ensaiando e facendo músicas para expresar as súas inquietudes e para compartilas con toda a xente posível.

Twenty Fighters 2009

4TK: Contem-nos um pouco do vosso percurso até aqui! E já agora, qual é a história por detrás do nome “Twenty Fighters”?

20F: Pois dende o ano 2003 estivemos a traballar nas músicas e a tocar, grabamos un split cd cos nosos irmáns “Shattered Dreams” no ano 2004, o noso primeiro disco “From this day” no ano 2007 e agora estamos preparando as datas para presentar o novo album “Esta es mi guerra”.
Con “From this day” tivemos a honra de tocar con bandas que marcaron a nosa infancia e por sorte fixemos moitos amigos que comparten o mesmo sonho ca nos e que siguen crendo no que o hardcore representa.
Esperamos que có novo album poidamos seguir conhecendo novos lugares e persoas, e difundir a mensaxe das nosas músicas a todos aqueles que as queiran escoltar.
O nome Twenty Fighters foi primeiramente o nome dunha das primeiras músicas que escribimos, e un simbolismo da forza e a unidade de todas as persoas cando se xuntan para loitar contra aquilo co que non están dacordo.

4TK: De acordo com a info que está no vosso myspace o próximo álbum já está gravado e deverá sair durante o mês de Março. O que podemos esperar deste vosso trabalho?

20F: O novo traballo é mais directo, máis intenso e complexo, e con máis enerxía. Seguimos facendo músicas rápidas e outras máis a medio tempo con algún toque de melodía nas voces e guitarras,pero sobre unha base puramente hardcore, con toques máis metal desta vez.
Cada banda pasa por un proceso moi longo no que acada o seu propio son, e nós despois de 6 anos cremos que nos estamos achegando un pouco máis ao que é o son dos Twenty Fighters neste novo traballo.

4TK: Pelo que pude ver pelos títulos das músicas do vosso novo trabalho não têm músicas em Inglês. Não receiam que isto vos possa impedir de fazer chegar a vossa mensagem a um público mais vasto?

20F: Iso sempre inflúe, porque o inglés é un idioma máis universal e sería máis facil chegar a xente do extranxeiro, pero ainda que nun principio escribiamos as letras en inglés, atopamos a nosa comodidade facéndoo en castelán, e ainda que nos pode dificultar nese aspecto que ti falas, para nós e moi importante crer no que facemos e escribir en castelán fainos sentir máis realizados.
Tamén é umha maneira de chegar a xente que en principio vai ter ocasión de ouvir a nosa mesaxe, que principalmente seran xente de fala española; ¿de que vale que che entendan os de fora se o teu veciño non sabe de que falas? Por iso non descartamos facer temas en galego ou incluso em Portugués! hahahahaha


4TK: Em Abril vão também regressar aos palcos portugueses! Quais são as expectativas e como se sentem em relação ao público português?

20F: Este será o noso segundo concerto en Portugal, e no primeiro sentímonos moi ben acollidos polos nosos irmáns de Grankapo e Hellxis e tamén polo público portugués, a pesar do difícil que é abrir para bandas tan grandes como son Agnostic Front, Evergreen terrace e Sworn Enemy, só esperamos dar un bo concerto e que todos e todas disfrutedes con nós.

4TK: Para quem nunca os viu ao vivo o que se pode esperar de um concerto dos Twenty Fighters?

20F: Pódese esperar un concerto 100% cheo de enerxía positiva no que catro persoas están dando todo e deixando o mellor de si enriba dun escenario.


4TK: Fugindo agora um pouco às questões musicais. É sabido que o povo da Galiza não se sente muito bem com o facto de ser parte de Espanha, mas nós em Portugal olhamos para Espanha e vemos o IVA (Imposto sobre o consumo) mais baixo que aqui, a gasolina mais barata, politicas sociais à partida mais avançada e parece-nos complicado perceber o porquê desse afastamento. Queres explicar-nos quais as vossas razões?

20F: Non tenhen umha posición definida en relación a ese punto de vista e opción política. Dentro do grupo cada un ten a súa propia visión da Galiza e o que representa para un mesmo, se ben é certo que todos temos un profundo amor pela nosa Terra.
Todo o que estás a dicir é certo, en comparación con Portugal, o estado Espanhol ten os impostos máis baixos.
Non todo o povo Galego ten esa mentalidade, mais hai un sector forte no mundo da política galega que pide independência nacional, e autogoverno, xa que consideran que a xestión feita desde Madrid por Galiza non é a óptima nin a correcta, e sempre fomos os esquecidos do estado espanhol, e dicir, tenhen umha visión da Galiza como nación.

4TK: Já agora, sentem que essas diferenças têm os seus reflexos na cena Hardcore ou no que diz respeito à música deixam isso de parte e tanto vos faz tocar na Galiza como em qualquer outra parte de Espanha?

20F: Da igual se eres de N.Y. ou de Lisboa, ou de Viveiro, o bonito desta "cena" é que é un sentimento universal e tamén "a way of life", o importante son as persoas, poder conhecer lugares novos, bandas novas, e disfrutar de todo isto.


4TK: Têm sido várias as notícias sobre a crise, o desemprego e todas essas coisas. De acordo com o que sabemos é uma realidade que afecta toda a U.E. Como banda acham importante falar dessas realidades nas vossas letras ou costumam apostar noutras temáticas?

20F: Como banda consideramos que o hardcore, sobre todo, é un medio de expresión. Nas nosas letras tratamos sobre todo temas sociais, pero desde un punto de vista máis individual, centrado no día a día de cada un como persoa.
O disco novo trata temas sociais como a emigración, o maltrato, a educación… son problemas sociáis pero máis enfocados ao individuo. Cada un de nós ten umha guerra cada día pela que loitar, e as nosas letras son umhas palabras de alento a toda a xente que ten problemas para ganarlle esa guerra ao mundo e á sociedade.

4TK: Estamos a uma pergunta do fim, mas não queríamos acabar sem saber o que é que os Twenty Fighters aconselham neste momento musicalmente (Hardcore ou não) com origem na Galiza ou em Espanha no geral.

20F: Pois hai moitas bandas amigas, hardcore ou non, que están facendo moi boa música, por exemplo, Rain is Art e Anger second en Viveiro, Pulsar e Seis Senseis da corunha, Oppugno en Almasora, Grankapo e For The Glory em Portugal, Sem desposta de Vigo ou The Awake de Asturies, bandas mais pop e tamén amigas coma Holywater, Nouvelle Cuisine ou Materia, tamen merecen umha ouvida.


4TK: Mais uma vez obrigado pelo vosso tempo! Sintam-se à vontade para deixar aqui uma mensagem ao pessoal, o que quer que vos vá na alma! Vemo-nos dia 24 de Abril!

20F: Obrigado a vocês pela entrevista e por seguir o noso traballo. Un grande abraço a toda a xente do Cadaval Hardcore Crew, vémonos en Abril!!

29/01/2009

PRESSURE - Flash Interview

Os membros da banda podem ser já nossos conhecidos, no entanto é a primeira vez que vão tocar juntos sobre o nome PRESSURE! Mais uma vez o pessoal do 4TheKids achou que seria boa ideia ir ao encontro da banda para dar-vos a conhecer melhor este projecto! Aproveitamos desde já para agradecer ao xRAFAx e ao pessoal da banda pelo tempo disponibilizado. Fica então aqui o resultado desta flash interview aos PRESSURE.

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1. Quem são os Pressure?


Os Pressure são uma uma nova banda straight edge de Faro com o Diogo, 26 anos (Wake Up and Live Fanzine/ Pointing Finger) na voz, o João, 26 anos (Pointing Finger/Broken Distance) na guitarra, o David, 26 anos (Pointing Finger, Broken Distance, Rat Attack, Take The Risk Records) na segunda guitarra, o Valter, 24 anos (Take The Risk Records/Broken Distance) no baixo e o Rafa, 27 anos (Pointing Finger/Time X/New Winds/Use Your Head Fanzine/Impact Bookings & Distro) na bateria.


2. Quais diriam que são as vossas influências musicais?

Ao longo do tempo existiram várias épocas que marcaram a cena Hardcore, mas nunca uma época e uma cena Hardcore foi tão boa como em Nova Iorque no final dos anos 80. Toda a cena straight edge youth crew dessa era, foi realmente marcante para todos os elementos da banda a nível pessoal e musical!!! Todas essas as ideias e conceitos que surgiram em Nova Iorque nessa altura desde o straight edge ao vegetarianismo e não só, marcaram as nossas vidas! E sem dúvida, a banda mais marcante, mais inspiradora, que mais pessoas influenciou positivamente e a mais importante da cena Hardcore é sem dúvida alguma: YOUTH OF TODAY, a melhor banda Hardcore de todos os tempos!!!
Outras bandas que também causaram impacto nas nossas vidas são: Gorilla Biscuits e 7 Seconds entre outras

3. O que podemos esperar de um concerto vosso?

Num concerto nosso não vais ouvir de certeza música: aborrecida, lenta, heavy metal e intelectual com letras em código e mensagens subliminares mas sim 5 velhos amigos de Faro a tocar puro e verdadeiro Hardcore de X nas mãos, cheios de orgulho no que mais gostamos: SXE!
Música rápida, fácil de perceber e cheia de energia positiva é o que o pessoal pode esperar de um concerto nosso!


4. Qual é a principal temática das vossas músicas?

STRAIGHT EDGE!
Chegámos a uma parte das nossas vidas em que vivemos sob pressão:
- A pressão da tua família para arranjares uma casa, mulher, filhos, carro, um bom trabalho e uma vida estável.
- A pressão no teu trabalho a teres que fazer e dizer coisas que não gostas e que és contra só porque precisas do dinheiro e da estabilidade financeira para ires sobrevivendo e concretizando os teus sonhos.
- A pressão de teres que deixar de viver como um teenager e teres que obrigatoriamente adquirir uma postura adulta á frente da tua família e amigos de forma a credibilizar a tua pessoa a nível social.
- A pressão de com quase 30 anos ainda ires a concertos de Hardcore, fazer bandas, escrever zines, organizares concertos, não beberes, não fumares, seres vegetariano e isso fazer demasiada confusão às pessoas á tua volta, mesmo para aquelas que já viveram isto que ainda continuamos a viver, mas que dizem ser demasiado teenager e sem sentido e terem optado por outros estilos de vida mais intelectuais e "adultos" a nível pessoal e musical, fazendo com que nos sintamos uns aliens mesmo dentro da cena Hardcore, isto sem falar na vida no dia - a - dia com pessoas "normais".
- E a pressão de o mundo entrar em colapso a toda hora com os meios de comunicação a massacrarem-te constantemente com mensagens e notícias ultra-negativas sobre o mundo á nossa volta sem ninguém fazer nada, enquanto controlam as nossas vidas e nos entretêm com álcool, drogas, cigarros, internet, cinema, televisão... de forma a nos manterem fiéis á rotina e á bola de neve que não para ao longo das nossas vidas...
E é desta forma que o straight edge, ser straight edge, nos ajuda a viver de mente sã e corpo são, estando alerta e consciente sobre o mundo á nossa volta, tentando fazer as coisas e vivendo da melhor maneira possível e que às vezes se torna impossível...

Isto também explica o porquê do nome da banda: PRESSURE!

5. Planos para o futuro?

Como falei aqui atrás, a vida, família, trabalho faz-nos gastar demasiada energia e ocupa-nos demasiado tempo para podermos fazer tudo o que queríamos. Já não podemos andar em tour um mês nas férias do Verão e mais 2 semanas na Páscoa como fazíamos com Pointing Finger... Isso tornou-se simplesmente impossível. Todos trabalham com horários e folgas diferentes pelo que se torna um desafio arranjar tempo para podermos estar os 5 a ensaiar ao mesmo tempo. E por aqui, dá para entender que primeiro que tudo os nossos planos para o futuro são ensaiar mais, dar o máximo de concertos possíveis, fazer o máximo de músicas boas de forma a termos bom material para gravar e podermos partilhar com toda a gente tudo aquilo que nós sentimos em relação ao mundo á nossa volta e com a cena Hardcore!

6. Dia 30 vai ser a vossa estreia nos palcos enquanto banda. Como é que se sentem em relação a isso?

Estar nesta banda, é como ter voltado a tocar com Pointing Finger, mas com o Valter no baixo e o João que passou do baixo para a guitarra. Vai ser nostálgico, pois há mais de 2 anos que não tocávamos juntos assim ao vivo. Espero que resulte e que não cometamos os mesmos erros que cometemos com Pointing Finger. Fazer pouco mas bom e sem ser a mil á hora como antigamente. Com calma.

7. Palavras finais... digam o que vos vai na alma!

Ainda há pouco tempo no fim de um concerto tive a falar com um amigo meu que tinha sido straight edge e que deixou de ser, dizendo que já não sentia nada em relação ao straight edge e que em Portugal a cena straight edge está a morrer e que não há pica nenhuma mesmo das pessoas que são SXE...
É verdade, já ninguém (dos que são SXE) tem orgulho em ser straight edge e não fazem nada para cativar as pessoas sobre este assunto...
Para nós o straight edge é demasiado importante para ser deixado de lado e ir morrendo aos poucos aqui em Portugal.... Nós não vamos deixar que isso aconteça!!! O straight edge é um estado de espírito e um conceito muito importante na cena Hardcore. Viver consciente e livre de todo o tipo de drogas é fulcral para todos podermos viver em paz neste mundo e estar alerta de todas as situações negativas que vão surgindo na vida. Lutando positivamente de mente sã e corpo são vai-nos fazer poder viver as nossas vida da maneira que nós queremos e não na maneira que os outros querem!
Não queremos dizer com isto que queiramos que todos sejam como nós, mas pelo menos entendam o que estamos a querer dizer. Pensem bem! Pensem positivo e conscientes!
STRAIGHT EDGE PRIDE!!!

PRESSURE
FARO SXE YOUTH CREW
JANEIRO DE 2009

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Apresentadas as bandas já sabem, é aparecer dia 30 de Janeiro no Arcádia Bar em Faro. Além dos PRESSURE e A THOUSAND WORDS podem ainda contar com a presença dos RAT ATTACK e dos FOR THE GLORY, pelo que a qualidade do espectáculo está mais que garantida! As portas abrem às 22 horas e a entrada é limitada a 100 pessoas, por isso apareçam cedo!

28/01/2009

A THOUSAND WORDS - Flash Interview

A poucos dias da sua estreia em palco, os algarvios A Thousand Words disponibilizaram algum do seu tempo para responder a umas perguntas do pessoal do 4TheKids. A falta de experiência de alguns dos membros é compensada com a vontade do colectivo, pelo que certamente poderemos esperar apenas o melhor desta banda! Aproveitamos também para agradecer a disponibilidade dos membros da banda para responder às nossas perguntas!

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1. Quem são os A Thousand Words?

Os A Thousand Words são: Juliano na voz , Cristiano na bateria, Patrick e Daniel nas guitarras e Ludgero no baixo.
O Juliano, Cristiano e o Patrick há cerca de um ano juntaram-se ao Zé Maria, também de Quarteira para formar uma banda. Depois de uns ensaios e de o Zé ter saído decidiram gravar uma pré produção com o Ludgero , que acabou mais tarde por agarrar o baixo, entretanto o Daniel mostrou-se interessado em entrar para a banda e foi o que aconteceu.


2. Quais diriam que são as vossas influências musicais?

As nossas influencias são várias desde No Turning Back , Terror , Madball, Guns up, e claro outras bandas Portuguesas como Rat attack , For TheGlory e Kontrattack.

3. O que podemos esperar de um concerto vosso?

Não tocámos ao vivo ainda mas vamos dar tudo por tudo, isso é certo!

4. Qual é a principal temática das vossas músicas?

Só temos 5 malhas até agora, falam de desperdiçar oportunidades e ver a vida passar ao lado, de amizades que não acabaram da melhor maneira, violência que temos de enfrentar quer queiramos, quer não. Pode-se dizer que são reflexões sobre o que alguns de nós já passaram ou têm passado actualmente.

5. Planos para o futuro?

Lançar a demo ( Take The Risk rules YO! ) , que infelizmente não vai estar disponível agora dia 30 apesar de já estar gravada há algum tempo.
Temos alguns concertos marcados. Em Fevereiro vamos tocar em Lisboa, também vamos ter um fim de semana com Broken Distance em Viana e Vigo.


6. Dia 30 vai ser a vossa estreia nos palcos enquanto banda ( e mesmo individualmente para 3 de vocês ). Como é que se sentem em relação a isso?

Acho que estamos fixe! Temos ensaiado regularmente, é claro que alguns de nós têm medo que o som não esteja muito fixe porque no Arcádia não há munição de palco mas acho que vai correr tudo bem e esperemos que o pessoal adira e ajude á festa.

7. Palavras finais... digam o que vos vai na alma!

Apareçam cedo dia 30 de Janeiro no Arcádia em Faro e dia 14 de Fevereiro em Lisboa!
Obrigado a todas as pessoas que nos apoiaram quando metemos as musicas online, todo o feedback deu-nos bastante força.

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Não percam amanhã a entrevista com os Pressure, banda também do Algarve que terá a sua estreia dia 30!