Começou no Verão de 2005 esta "aventura" com o nome de Overcome. A aventura foi ganhando corpo e hoje são uma das bandas mais promissoras em Portugal. Com um disco acabado de sair o 4TheKids achou que este era o momento ideal para estar à conversa com a banda. Fica aqui o resultado.
----------------------
4THEKIDS (4TK): Antes de mais obrigado pela vossa disponibilidade. Isto é algo que eu pergunto sempre quando faço entrevistas mas acho que algumas tradições devem ser mantidas, por isso aqui vai: quem são os Overcome e como é que começaram com a banda?
Tiago (T) – Isto começou com o convite que o Sen e o Pedro me fizeram para cantar, e o que ficou combinado, visto eu nunca ter cantado em lado nenhum foi: eu fazia um teste e que se fosse bué mau eles mandavam-me embora, ainda tou à espera de uma resposta lol. Depois fizemos uns quantos ensaios só os 3 foi então que convidamos o Noia (80Yards). Seguiu-se a gravação da nossa 1ª demo gravada pelo Pex, e foi nessa altura que o convidamos para a 2ª guitarra. Todos nós já éramos amigos antes de Overcome, e isso é muito importante para uma banda.
4TK: Iniciaram actividades no Verão de 2005, pelo que já lá vão 4 anos. Que balanço fazem deste tempo juntos enquanto banda? Presumo também que já tenham partilhado muitos bons momentos (alguns maus também) juntos, algum em especial que queiram partilhar connosco?
T – Felizmente foram poucos os maus momentos, lembro-me apenas de quando assaltaram o estúdio onde ensaiávamos na altura e nos levaram muito material. Momentos bons, recordo-me do concerto com Madball, por ser a nossa banda de culto.
Pedro (P) – Lembro me também do festival SIDE BY SIDE de 2006 no Laranjeiro (MS), onde tocámos em substituição de uma banda que de momento não me lembro. Recordo me que a aceitação foi muito boa. Foi dos nossos primeiros concertos enquanto Overcome.
4TK: Acabaram agora de lançar o vosso primeiro álbum “à séria” depois de terem lançado 2 demos em CD-R. Como é que surgiu este disco e em que medida é que é diferente (se é que o é) daquilo a que os Overcome nos têm habituado?
T – Não existe nenhuma diferença daquilo que é Overcome ao vivo, a única diferença é mesmo na qualidade sonora diferente das Demos, nada mais.
P – Nós estávamos com algumas dificuldades em avançar com o lançamento do CD, tanto a nível financeiro como a nível de tempo para trabalhar na banda. Ao fim dum tempo decidimos entrar em contacto com o Emanuel (Hellxis Agency), ele gostou da ideia de trabalhar connosco e foi assim que se chegou ao ponto de hoje. Estamos todos contentes e até a data tem corrido bem!
4TK: “Positive Thoughts Bring Positive Moments” é o nome do disco que acabaram de lançar. O que vos levou a escolher este nome? É esta a vossa filosofia enquanto banda e enquanto pessoas?
T – Ya, sem muitas lamechices, acreditamos que o hardcore deve ser sempre positivo, a nossa mensagem é sobretudo para que o pessoal entre no movimento hardcore e que traga algo de bom, é uma mensagem que tentamos passar nos nossos concertos. Hardcore é festa, é amizade e união.
4TK: Deram há poucos dias 3 concertos pelo país: Faro, Cacilhas e Porto … como correram os concertos e qual foi a reacção por parte do pessoal às novas músicas?
T – Foi bastante bom, infelizmente Overcome não tem tido muita disponibilidade para tocar em Faro e no Porto, contudo fomos bem recebidos e o pessoal aderiu e fez-nos sentir vontade de lá voltar mais vezes. Em Cacilhas, foi granda festão, muita adesão e sentimos que as pessoas, tal como nós, estavam felizes por finalmente Overcome conseguir lançar o álbum.
4TK:E que outros planos têm para a promoção deste vosso novo disco?
T – Tocar, tocar, tocar…É onde nos sentimos bem é em palco, e é isso que esperamos que este álbum nos proporcione, mais concertos, mais spots, novas fronteiras.
4TK: Estiveram recentemente a tocar em Espanha no Ressurection Fest. Ainda que abrir um festival seja sempre uma tarefa inglória porque o pessoal anda disperso e assim, presumo que não deixe de ser uma honra partilhar o palco com bandas como H2O, Hazen Street, Madball, entre outros. Falem-nos um pouco mais sobre essa experiência.
T – Apesar de ter essa desvantagem abrir um Festival, por outro lado sentimos o respeito dos portugueses que lá estavam, todos pensaram o mesmo: “ eh pah Overcome vai abrir, bora tar lá cedo e apoiar”, a grande parte do pessoal que estava ao inicio para nos ver eram Portugueses e isso deu-nos uma grande moral e o concerto correu bastante bem. Em relação às bandas sentimos o peso, afinal somos todos fãs das bandas que passaram por lá, mas no final depois do convívio no backstage já éramos todos da mesma família, e foi muito bom sentirmo-nos integrados no meio de pessoal tão díspar. O hardcore é mesmo isto, no fim já não havia porta nos camarins e foi granda festa.
4TK: Já agora, pegando nos nomes com que tocaram… Sentem alguma pressão extra quando tocam com bandas que acabam por ser uma referência para muita gente ou o “feeling” em cima do palco é sempre o mesmo?
T – Quer queiramos ou não, sentimos sempre uma pressão positiva, mas também com a experiência que temos sabemos que de certeza que ninguém das nossas bandas favoritas vai nos ver, e no fim o que importa realmente é o pessoal que tá no pit e esses merecem sempre tudo de nós, e é isso que fazemos, Overcome dá tudo em cima do palco, seja para 1 seja para mil.
4TK: Vocês são da zona de Loures, de onde já saíram bandas bem conhecidas na cena nacional. Neste momento como anda o Hardcore em Loures?
T – Não existem tantas bandas como antigamente, mas aos poucos vão aparecendo algumas de grande qualidade. O hardcore em Loures ainda mexe e isso é o mais importante é a dedicação do pessoal á cena.
4TK: E no geral, que visão têm os Overcome neste momento daquilo que é o Hardcore cá em Portugal? O que acham também que podemos esperar no futuro?
T – O que eu noto em relação às bandas é que cada vez há mais qualidade, cada banda que aparece nova aparece logo com ganda qualidade sonora e isso é muito bom. A união entre as bandas também é muito boa, sinto que todas as bandas com quem tocamos anda nisto para fazer alguma cena e nunca existe mau ambiente. O pessoal também adere a todos os concertos, aos poucos vai desaparecendo aquela cena de “só vou ao concerto destes, ou daqueles”, e cada vez mais “vou a um concerto de hardcore”, novas caras, e isso é sempre bom, agora o pessoal mais velho na cena tem que fazer os putos sentirem-se bem-vindos, não nos podemos esquecer que os oldschool de agora foram os new school do passado.
4TK: E o vosso futuro a médio/longo prazo? Há planos ou desejos que possam partilhar connosco?
T – O principal objectivo de Overcome é daqui a 20 anos ainda sermos todos amigos, e se continuarmos a fazer aquilo que gostamos que é tocar, melhor.
P – Continuar a tocar, gravar mais cenas, dar concertos e conhecer pessoal novo! Tocar no estrangeiro também está a ser negociado:)
4TK: Chegados que estamos ao final da entrevista resta-nos agradecer-vos por todo o apoio que têm dado ao blog e pelo tempo que disponibilizaram para esta entrevista. Aproveitar ainda para desejar a melhor das sortes agora com o novo disco. Assim sendo, para finalizar, alguma mensagem final para quem nos está a ler lá em casa?
T – Muito obrigado pela oportunidade. Queremos deixar uma mensagem para o pessoal que tá agora a entrar que é, não se deixem influenciar, pensem pela vossa cabeça, não existe uma bíblia onde diga o que devemos e o que não devemos fazer, o que vestir, o que ouvir para ser do hardcore, temos de ser nós próprios a decidir isso e sempre com uma mente aberta.
Tiago (T) – Isto começou com o convite que o Sen e o Pedro me fizeram para cantar, e o que ficou combinado, visto eu nunca ter cantado em lado nenhum foi: eu fazia um teste e que se fosse bué mau eles mandavam-me embora, ainda tou à espera de uma resposta lol. Depois fizemos uns quantos ensaios só os 3 foi então que convidamos o Noia (80Yards). Seguiu-se a gravação da nossa 1ª demo gravada pelo Pex, e foi nessa altura que o convidamos para a 2ª guitarra. Todos nós já éramos amigos antes de Overcome, e isso é muito importante para uma banda.
4TK: Iniciaram actividades no Verão de 2005, pelo que já lá vão 4 anos. Que balanço fazem deste tempo juntos enquanto banda? Presumo também que já tenham partilhado muitos bons momentos (alguns maus também) juntos, algum em especial que queiram partilhar connosco?
T – Felizmente foram poucos os maus momentos, lembro-me apenas de quando assaltaram o estúdio onde ensaiávamos na altura e nos levaram muito material. Momentos bons, recordo-me do concerto com Madball, por ser a nossa banda de culto.
Pedro (P) – Lembro me também do festival SIDE BY SIDE de 2006 no Laranjeiro (MS), onde tocámos em substituição de uma banda que de momento não me lembro. Recordo me que a aceitação foi muito boa. Foi dos nossos primeiros concertos enquanto Overcome.
4TK: Acabaram agora de lançar o vosso primeiro álbum “à séria” depois de terem lançado 2 demos em CD-R. Como é que surgiu este disco e em que medida é que é diferente (se é que o é) daquilo a que os Overcome nos têm habituado?
T – Não existe nenhuma diferença daquilo que é Overcome ao vivo, a única diferença é mesmo na qualidade sonora diferente das Demos, nada mais.
P – Nós estávamos com algumas dificuldades em avançar com o lançamento do CD, tanto a nível financeiro como a nível de tempo para trabalhar na banda. Ao fim dum tempo decidimos entrar em contacto com o Emanuel (Hellxis Agency), ele gostou da ideia de trabalhar connosco e foi assim que se chegou ao ponto de hoje. Estamos todos contentes e até a data tem corrido bem!
4TK: “Positive Thoughts Bring Positive Moments” é o nome do disco que acabaram de lançar. O que vos levou a escolher este nome? É esta a vossa filosofia enquanto banda e enquanto pessoas?
T – Ya, sem muitas lamechices, acreditamos que o hardcore deve ser sempre positivo, a nossa mensagem é sobretudo para que o pessoal entre no movimento hardcore e que traga algo de bom, é uma mensagem que tentamos passar nos nossos concertos. Hardcore é festa, é amizade e união.
4TK: Deram há poucos dias 3 concertos pelo país: Faro, Cacilhas e Porto … como correram os concertos e qual foi a reacção por parte do pessoal às novas músicas?
T – Foi bastante bom, infelizmente Overcome não tem tido muita disponibilidade para tocar em Faro e no Porto, contudo fomos bem recebidos e o pessoal aderiu e fez-nos sentir vontade de lá voltar mais vezes. Em Cacilhas, foi granda festão, muita adesão e sentimos que as pessoas, tal como nós, estavam felizes por finalmente Overcome conseguir lançar o álbum.
4TK:E que outros planos têm para a promoção deste vosso novo disco?
T – Tocar, tocar, tocar…É onde nos sentimos bem é em palco, e é isso que esperamos que este álbum nos proporcione, mais concertos, mais spots, novas fronteiras.
4TK: Estiveram recentemente a tocar em Espanha no Ressurection Fest. Ainda que abrir um festival seja sempre uma tarefa inglória porque o pessoal anda disperso e assim, presumo que não deixe de ser uma honra partilhar o palco com bandas como H2O, Hazen Street, Madball, entre outros. Falem-nos um pouco mais sobre essa experiência.
T – Apesar de ter essa desvantagem abrir um Festival, por outro lado sentimos o respeito dos portugueses que lá estavam, todos pensaram o mesmo: “ eh pah Overcome vai abrir, bora tar lá cedo e apoiar”, a grande parte do pessoal que estava ao inicio para nos ver eram Portugueses e isso deu-nos uma grande moral e o concerto correu bastante bem. Em relação às bandas sentimos o peso, afinal somos todos fãs das bandas que passaram por lá, mas no final depois do convívio no backstage já éramos todos da mesma família, e foi muito bom sentirmo-nos integrados no meio de pessoal tão díspar. O hardcore é mesmo isto, no fim já não havia porta nos camarins e foi granda festa.
4TK: Já agora, pegando nos nomes com que tocaram… Sentem alguma pressão extra quando tocam com bandas que acabam por ser uma referência para muita gente ou o “feeling” em cima do palco é sempre o mesmo?
T – Quer queiramos ou não, sentimos sempre uma pressão positiva, mas também com a experiência que temos sabemos que de certeza que ninguém das nossas bandas favoritas vai nos ver, e no fim o que importa realmente é o pessoal que tá no pit e esses merecem sempre tudo de nós, e é isso que fazemos, Overcome dá tudo em cima do palco, seja para 1 seja para mil.
4TK: Vocês são da zona de Loures, de onde já saíram bandas bem conhecidas na cena nacional. Neste momento como anda o Hardcore em Loures?
T – Não existem tantas bandas como antigamente, mas aos poucos vão aparecendo algumas de grande qualidade. O hardcore em Loures ainda mexe e isso é o mais importante é a dedicação do pessoal á cena.
4TK: E no geral, que visão têm os Overcome neste momento daquilo que é o Hardcore cá em Portugal? O que acham também que podemos esperar no futuro?
T – O que eu noto em relação às bandas é que cada vez há mais qualidade, cada banda que aparece nova aparece logo com ganda qualidade sonora e isso é muito bom. A união entre as bandas também é muito boa, sinto que todas as bandas com quem tocamos anda nisto para fazer alguma cena e nunca existe mau ambiente. O pessoal também adere a todos os concertos, aos poucos vai desaparecendo aquela cena de “só vou ao concerto destes, ou daqueles”, e cada vez mais “vou a um concerto de hardcore”, novas caras, e isso é sempre bom, agora o pessoal mais velho na cena tem que fazer os putos sentirem-se bem-vindos, não nos podemos esquecer que os oldschool de agora foram os new school do passado.
4TK: E o vosso futuro a médio/longo prazo? Há planos ou desejos que possam partilhar connosco?
T – O principal objectivo de Overcome é daqui a 20 anos ainda sermos todos amigos, e se continuarmos a fazer aquilo que gostamos que é tocar, melhor.
P – Continuar a tocar, gravar mais cenas, dar concertos e conhecer pessoal novo! Tocar no estrangeiro também está a ser negociado:)
4TK: Chegados que estamos ao final da entrevista resta-nos agradecer-vos por todo o apoio que têm dado ao blog e pelo tempo que disponibilizaram para esta entrevista. Aproveitar ainda para desejar a melhor das sortes agora com o novo disco. Assim sendo, para finalizar, alguma mensagem final para quem nos está a ler lá em casa?
T – Muito obrigado pela oportunidade. Queremos deixar uma mensagem para o pessoal que tá agora a entrar que é, não se deixem influenciar, pensem pela vossa cabeça, não existe uma bíblia onde diga o que devemos e o que não devemos fazer, o que vestir, o que ouvir para ser do hardcore, temos de ser nós próprios a decidir isso e sempre com uma mente aberta.
boa entrevista. much respect para os Overcome, sem dúvida que são do melhor que se faz na tuga.
ResponderEliminargranda blog
ResponderEliminar