Ainda que o calor já se faça sentir um pouco por todo o Portugal, não há sítio mais quente neste momento que o Algarve! Prova disso é a quantidade e qualidade das bandas que começam a surgir (ou a conquistar terreno) vindas do sul do país. Talvez por ter crescido para os lados de Marrocos e ter lá tomado contacto com o Hardcore, a cena algarvia será sempre especial para mim. Foi por isso que, indo ao encontro de uma emergente banda algarvia, estive à conversa com o David dos Keep Walking. Fica aqui o resultado dessa entrevista.
4TheKids (4TK): Apesar de não serem propriamente novatos nestas andanças do Hardcore, digam-nos quem são os Keep Walking e como começaram a tocar juntos.
David: Amigos de longa data desde os tempos da escola, numa das edições do Rockfest em 2007 surgiu a ideia de juntarem para começar um novo projecto nesta onda, a banda começou com o Ricardo na bateria o Fábio na guitarra (anteriormente tocavam juntos noutra banda os Brain Damage), juntando-se o Pedro na guitarra (anteriormente baterista dos Reasonable Doubt ) e Nuno no baixo, em Abril foram compondo algumas musicas, mas na altura faltava alguém na voz, foi então que em Junho me convidaram (David) para a banda, após alguns ensaios e um primeiro concerto, vimos que as coisas funcionavam, e até hoje aqui estamos nós.
4TK: Em relação ao vosso novo trabalho, sei que já está gravado e que estão agora a tratar dos “pormenores” finais. Querem-nos falar mais sobre isso? Como correu o processo de gravação e em que fase estão agora …
David: O processo de gravação correu bem, claro que existem sempre alguns contratempos como a falta de dinheiro e tempo, o que por vezes atrasa um pouco as coisas. Tivemos umas ajudas preciosas durante as gravações, desde todo o pessoal que trabalha nos Estúdios Blacksheep, ao Miguel (Men Eater) que acompanhou as gravações do princípio ao fim e do seu irmão Poli, e claro o grande Makoto. Neste momento estamos a acabar a masterização, com o Alan Douches, e agora é tentar levar isto para a frente o mais rápido possível, mas como o financiamento é inteiramente da nossa parte não pode ser tudo de uma vez, então vamos dando os passos que nos são permitidos.
4TK: Já nos podem adiantar uma data para o lançamento?
David: De momento ainda não temos uma data concreta, mas estimo que no principio do Outono, pois de Verão é impossível para nós visto que todos trabalhamos.
4TK: Já agora, planos para a divulgação do álbum? Alguma coisa em concreto?
Diogo: De momento estamos a pensar fazer uma tour para a promoção do álbum, mas ainda está tudo por confirmar. E depois tentar divulgar o álbum pelos meios existentes e possíveis.
4TK: Tenho sentido uma grande evolução no vosso som. Apesar de não ter ainda ouvido o novo trabalho, mesmo ao vivo a diferença parece-me visível. A mudança teve algum motivo em particular ou surgiu naturalmente com o passar do tempo?
David: Eu sinceramente acho que surgiu naturalmente, sinto que se calhar agora também nos tornamos um pouco mais exigentes connosco próprios, á medida que tocamos nos concertos vamos ficando mais á vontade e outras coisas, vamos vendo pormenores que gostamos de melhorar e essa evolução surge espontaneamente acho eu.
4TK: Tenho também vindo a reparar nalguma temática ligada aos mares nas cenas da banda … o merch, até o nome do novo álbum que mete piratas! É por serem do Algarve, mera questão de gosto ou existem alguns motivos que nos queiram contar?
David: Além de uma questão de gosto tem a ver com as raízes, alguns membros são de Armação de Pêra, mas todos fomos criados com raízes bem assentes no mar e praia. Por isso toda a mística envolvente com o mar afecta-nos bastante e serve-nos também de inspiração para muita coisa. E queríamos de certa forma deixar transparecer um pouco isso no nosso primeiro álbum. Que apesar de conter várias temáticas acaba por ser a última música que dá o nome ao álbum.
4TK: Sendo uma banda do Algarve sentem que isso pode ser, por vezes, um problema, não tendo por exemplo a visibilidade que mereciam em Lisboa e mais para o norte e tendo também por isso menos oportunidades para tocar nessas zonas?
David: Não é bem um problema, mas eu acho que com insistência da nossa parte é possível, os outros factores que podem impossibilitar aqui e serem vistos como problemas, são apenas a disponibilidade e a nível monetário, mas por outro lado sendo do Algarve temos tocado em muitos spots nesta zona, e Alentejo também, aqui também existe cada vez mais adesão aos concertos, já se vê pessoas de todos os lados nos concertos no Algarve, e isso ajuda muito á divulgação.
4TK: A cena algarvia parece-me ter uma identidade muito própria e tem crescido nos últimos anos com bandas novas e com qualidade a aparecer, com novos promotores a organizar concertos para todos os gostos e a preços bastante convidativos. Ainda assim aposto que ainda existe muito que pode ser feito para melhorar as coisas. Como é que vocês descreveriam a cena hardcore no Algarve e o que mudariam se pudessem?
David: Neste momento no Algarve está a ser feito muita coisa, o problema maior é os sítios para tocar, mas vão surgindo uns desaparecendo outros, e é esta a realidade com que temos que lidar. Poderíamos fazer muitas coisas mas esse factor também limita um pouco o que podemos fazer. Temos cada vez mais concertos no Algarve desde bandas Nacionais como Internacionais, por isso acho que vamos num bom caminho.
4TK: E a nível nacional? O que acham que merece ser referido como positivo e o que mudariam no Hardcore nacional?
David: A nível nacional o hardcore não anda mal só acho que deveria existir mais união entre as bandas e também um pouco de mais entre ajuda. De resto acho que a cena está bem cimentada no panorama geral, vemos cada vez mais caras novas no panorama geral, a cena não vai envelhecendo tanto, há quem diga que pode ser uma moda agora, mas eu acho que é muito bom termos sangue novo, ver cada vez mais pessoas a apoiar as bandas nacionais e a cena underground. Pode ser uma coisa passageira do tipo que talvez daqui a uns anos apenas 20 % das pessoas que agora vão aos concertos continuem a apoiar as bandas e a ir a concertos e identificarem-se com o movimento hardcore, mas presentemente é bom.
4TK: Já agora, aproxima-se a “silly season” no Algarve, com a consequente invasão de pessoal de fora e assim. Acham que, dando concertos nessa altura e com a promoção certa poderiam, sem sair da vossa zona, aproveitar para promoverem-se lá fora o pessoal que cá vem passar férias vem para outras andanças?
David: Pois podíamos, mas o problema é que nesta altura como sabes é quando o pessoal do Algarve trabalha mais, pois todos nós trabalhamos, e nesta altura é quase impossível andarmos a promover o cd ou dar concertos com muita regularidade, pois devido aos nossos horários é difícil conciliarmos para ensaiar, ou mesmo para tocar á noite. Já tivemos de recusar alguns convites para tocar durante o Verão, e as datas que vamos tocar vai ser grande ginástica, ou teremos que recorrer a alguns amigos nossos para substituir um dos membros nalguns concertos.
4TK: Que outras bandas algarvias aconselham o pessoal lá de cima a ouvir? Hardcore ou não, digam-nos ai o que é que anda a render para os lados de “Marrocos” como eles tanto gostam de dizer.
David: Pois aqui o pessoal de Marrocos tem aqui alguma variedade, Temos bandas mesmo muito boas que estão a crescer muito rápido mesmo, temos Brain Bomb, A Thounsand Words, The Highest Cost, Polygamia, Rat Attack, Pressure, Broken Distance, Eyes Of Dawn entre muitas outras.
4TK: Bem, chegámos ao fim desta entrevista. Queria agradecer-vos pelo tempo disponibilizado e por todo o apoio que têm dado ao 4TheKids! Querem deixar algumas últimas palavras para quem nos está a ler lá em casa?
David: Convido todos a ouvir as nossas músicas que vão ser colocadas no myspace brevemente e para aparecerem nos concertos para apoiar todas as bandas que trabalham imenso para conseguir tocar. E agradecer aos 4TheKids e pelo apoio e divulgação que tem dado á cena nacional. Keep Walking with us…
4TheKids (4TK): Apesar de não serem propriamente novatos nestas andanças do Hardcore, digam-nos quem são os Keep Walking e como começaram a tocar juntos.
David: Amigos de longa data desde os tempos da escola, numa das edições do Rockfest em 2007 surgiu a ideia de juntarem para começar um novo projecto nesta onda, a banda começou com o Ricardo na bateria o Fábio na guitarra (anteriormente tocavam juntos noutra banda os Brain Damage), juntando-se o Pedro na guitarra (anteriormente baterista dos Reasonable Doubt ) e Nuno no baixo, em Abril foram compondo algumas musicas, mas na altura faltava alguém na voz, foi então que em Junho me convidaram (David) para a banda, após alguns ensaios e um primeiro concerto, vimos que as coisas funcionavam, e até hoje aqui estamos nós.
4TK: Em relação ao vosso novo trabalho, sei que já está gravado e que estão agora a tratar dos “pormenores” finais. Querem-nos falar mais sobre isso? Como correu o processo de gravação e em que fase estão agora …
David: O processo de gravação correu bem, claro que existem sempre alguns contratempos como a falta de dinheiro e tempo, o que por vezes atrasa um pouco as coisas. Tivemos umas ajudas preciosas durante as gravações, desde todo o pessoal que trabalha nos Estúdios Blacksheep, ao Miguel (Men Eater) que acompanhou as gravações do princípio ao fim e do seu irmão Poli, e claro o grande Makoto. Neste momento estamos a acabar a masterização, com o Alan Douches, e agora é tentar levar isto para a frente o mais rápido possível, mas como o financiamento é inteiramente da nossa parte não pode ser tudo de uma vez, então vamos dando os passos que nos são permitidos.
4TK: Já nos podem adiantar uma data para o lançamento?
David: De momento ainda não temos uma data concreta, mas estimo que no principio do Outono, pois de Verão é impossível para nós visto que todos trabalhamos.
4TK: Já agora, planos para a divulgação do álbum? Alguma coisa em concreto?
Diogo: De momento estamos a pensar fazer uma tour para a promoção do álbum, mas ainda está tudo por confirmar. E depois tentar divulgar o álbum pelos meios existentes e possíveis.
4TK: Tenho sentido uma grande evolução no vosso som. Apesar de não ter ainda ouvido o novo trabalho, mesmo ao vivo a diferença parece-me visível. A mudança teve algum motivo em particular ou surgiu naturalmente com o passar do tempo?
David: Eu sinceramente acho que surgiu naturalmente, sinto que se calhar agora também nos tornamos um pouco mais exigentes connosco próprios, á medida que tocamos nos concertos vamos ficando mais á vontade e outras coisas, vamos vendo pormenores que gostamos de melhorar e essa evolução surge espontaneamente acho eu.
4TK: Tenho também vindo a reparar nalguma temática ligada aos mares nas cenas da banda … o merch, até o nome do novo álbum que mete piratas! É por serem do Algarve, mera questão de gosto ou existem alguns motivos que nos queiram contar?
David: Além de uma questão de gosto tem a ver com as raízes, alguns membros são de Armação de Pêra, mas todos fomos criados com raízes bem assentes no mar e praia. Por isso toda a mística envolvente com o mar afecta-nos bastante e serve-nos também de inspiração para muita coisa. E queríamos de certa forma deixar transparecer um pouco isso no nosso primeiro álbum. Que apesar de conter várias temáticas acaba por ser a última música que dá o nome ao álbum.
4TK: Sendo uma banda do Algarve sentem que isso pode ser, por vezes, um problema, não tendo por exemplo a visibilidade que mereciam em Lisboa e mais para o norte e tendo também por isso menos oportunidades para tocar nessas zonas?
David: Não é bem um problema, mas eu acho que com insistência da nossa parte é possível, os outros factores que podem impossibilitar aqui e serem vistos como problemas, são apenas a disponibilidade e a nível monetário, mas por outro lado sendo do Algarve temos tocado em muitos spots nesta zona, e Alentejo também, aqui também existe cada vez mais adesão aos concertos, já se vê pessoas de todos os lados nos concertos no Algarve, e isso ajuda muito á divulgação.
4TK: A cena algarvia parece-me ter uma identidade muito própria e tem crescido nos últimos anos com bandas novas e com qualidade a aparecer, com novos promotores a organizar concertos para todos os gostos e a preços bastante convidativos. Ainda assim aposto que ainda existe muito que pode ser feito para melhorar as coisas. Como é que vocês descreveriam a cena hardcore no Algarve e o que mudariam se pudessem?
David: Neste momento no Algarve está a ser feito muita coisa, o problema maior é os sítios para tocar, mas vão surgindo uns desaparecendo outros, e é esta a realidade com que temos que lidar. Poderíamos fazer muitas coisas mas esse factor também limita um pouco o que podemos fazer. Temos cada vez mais concertos no Algarve desde bandas Nacionais como Internacionais, por isso acho que vamos num bom caminho.
4TK: E a nível nacional? O que acham que merece ser referido como positivo e o que mudariam no Hardcore nacional?
David: A nível nacional o hardcore não anda mal só acho que deveria existir mais união entre as bandas e também um pouco de mais entre ajuda. De resto acho que a cena está bem cimentada no panorama geral, vemos cada vez mais caras novas no panorama geral, a cena não vai envelhecendo tanto, há quem diga que pode ser uma moda agora, mas eu acho que é muito bom termos sangue novo, ver cada vez mais pessoas a apoiar as bandas nacionais e a cena underground. Pode ser uma coisa passageira do tipo que talvez daqui a uns anos apenas 20 % das pessoas que agora vão aos concertos continuem a apoiar as bandas e a ir a concertos e identificarem-se com o movimento hardcore, mas presentemente é bom.
4TK: Já agora, aproxima-se a “silly season” no Algarve, com a consequente invasão de pessoal de fora e assim. Acham que, dando concertos nessa altura e com a promoção certa poderiam, sem sair da vossa zona, aproveitar para promoverem-se lá fora o pessoal que cá vem passar férias vem para outras andanças?
David: Pois podíamos, mas o problema é que nesta altura como sabes é quando o pessoal do Algarve trabalha mais, pois todos nós trabalhamos, e nesta altura é quase impossível andarmos a promover o cd ou dar concertos com muita regularidade, pois devido aos nossos horários é difícil conciliarmos para ensaiar, ou mesmo para tocar á noite. Já tivemos de recusar alguns convites para tocar durante o Verão, e as datas que vamos tocar vai ser grande ginástica, ou teremos que recorrer a alguns amigos nossos para substituir um dos membros nalguns concertos.
4TK: Que outras bandas algarvias aconselham o pessoal lá de cima a ouvir? Hardcore ou não, digam-nos ai o que é que anda a render para os lados de “Marrocos” como eles tanto gostam de dizer.
David: Pois aqui o pessoal de Marrocos tem aqui alguma variedade, Temos bandas mesmo muito boas que estão a crescer muito rápido mesmo, temos Brain Bomb, A Thounsand Words, The Highest Cost, Polygamia, Rat Attack, Pressure, Broken Distance, Eyes Of Dawn entre muitas outras.
(Em Estúdio)
4TK: Bem, chegámos ao fim desta entrevista. Queria agradecer-vos pelo tempo disponibilizado e por todo o apoio que têm dado ao 4TheKids! Querem deixar algumas últimas palavras para quem nos está a ler lá em casa?
David: Convido todos a ouvir as nossas músicas que vão ser colocadas no myspace brevemente e para aparecerem nos concertos para apoiar todas as bandas que trabalham imenso para conseguir tocar. E agradecer aos 4TheKids e pelo apoio e divulgação que tem dado á cena nacional. Keep Walking with us…
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Myspace da Banda:
www.myspace.com/keepwalkingband
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Myspace da Banda:
www.myspace.com/keepwalkingband
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